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Novo Banco fecha 2015 com prejuízos de 980,6 milhões de euros (act.)

As contas do banco liderado por Stock da Cunha foram impactadas negativamente por provisões de 1.054 milhões de euros para crédito a clientes, títulos e imóveis e anulação de prejuízos fiscais.

Bloomberg
24 de Fevereiro de 2016 às 17:00
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O Novo Banco fechou 2015 com prejuízos de 980,6 milhões de euros, anunciou a instituição esta quarta-feira, 24 de Fevereiro.

"O esforço de provisionamento" teve um "impacto determinante" neste resultado, segundo indica o relatório publicado no site da CMVM.


As contas do banco liderado por Stock da Cunha foram impactadas negativamente por provisões de 1.054 milhões de euros para crédito a clientes, títulos e imóveis e anulação de prejuízos fiscais.

Entre 3 de Agosto de 2014, dia da sua constituição, e o final desse ano, o Novo Banco tinha registado prejuízos de 497,6 milhões de euros. As contas, no ano seguinte, continuaram a ser negativas, muito pelas maiores imparidades.

 

Segundo explicou o presidente executivo na conferência de imprensa de apresentação de resultados, o esforço de provisionamento aumentou, em parte, pela cobertura das "50 maiores exposições de risco que já existiam à data da resolução do BES".

 

As imparidades na instituição liderada por Eduardo Stock da Cunha – dinheiro colocado de lado para precaver incumprimentos futuros – ficaram em 1.057,9 milhões de euros no ano passado. A maioria, 739,3 milhões, foi relativa a crédito enquanto 318,6 milhões é para cobrir outros títulos e outras contingências.

 

Estas imparidades anulam o resultado operacional positivo do banco, que contabiliza a actividade bancária antes do impacto de imparidades e que ficou em 125 milhões de euros.

 

Estas contas resultam da diferença entre o produto bancário e os custos operacionais. No caso do produto, o valor obtido foi de 879,6 milhões de euros. Os custos ficaram-se pelos 754,7 milhões de euros.

Subida de depósitos, queda no crédito

As comparações dos resultados de 2015 são difíceis tendo em conta que o último relatório e contas corresponde apenas ao período entre 3 de Agosto de 2014 e o final desse ano.

Olhando para a actividade, o crédito a clientes cedeu menos 6,6%, para um total de 37,4 mil milhões de euros, registando-se quedas tanto nos empréstimos para empresas como para particulares. O rácio de crédito em risco e vencido agravou-se, um dos motivos para o aumento das provisões e imparidades.


Já os depósitos de clientes aumentaram 2,8% para 37,4 mil milhões de euros.


Em termos de solidez, o Novo Banco viu o seu rácio melhorar no final de 2015, com a ajuda da retirada de 1.985 milhões de euros de dívida sénior enviada para o BES "mau". O rácio de referência, CET1, ficou-se em 13,6%, segundo as regras de cálculo em vigor. Era de 9,5% em Dezembro de 2014. 

(notícia actualizada às 17:16 com mais informação)
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