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Legado do BES pesa 78% nos prejuízos do Novo Banco

O legado do BES gerou 78% dos prejuízos do Novo Banco. As provisões para os 50 maiores créditos e para imóveis totalizaram 592 milhões. E a anulação de juros contabilizados indevidamente retirou mais 172 milhões.

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24 de Fevereiro de 2016 às 17:55
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O legado do Banco Espírito Santo (BES) gerou 764 milhões de euros de perdas para o Novo Banco no ano passado, ou seja, representou 78% dos prejuízos de 980 milhões que a instituição liderada por Eduardo Stock da Cunha apresentou em 2015.

 

A maior parte dos custos relacionados com a herança do BES resultou da necessidade de registar crédito em incumprimento e a desvalorização de imóveis. No total, pelas contas apresentadas, as provisões para as 50 maiores exposições de risco e para a carteira de activos imobiliários ascenderam a 592 milhões.

 

Além disso, o Novo Banco necessitou ainda de anular 172 milhões de euros de juros indevidamente contabilizados. Em causa estavam, por exemplo, financiamentos que pagavam juros com recurso a novos créditos, uma prática que vigorava no BES e que foi corrigida no banco de transição.


O banco que herdou os activos saudáveis do BES está a apresentar contas esta quarta-feira, 24 de Fevereiro. As imparidades registadas acabaram por anular o resultado operacional positivo do banco, que tinha sido de 125 milhões de euros.

"O esforço de provisionamento não impediu reforço do 'common equity tier one' para 13,6%. Somos o segundo mais forte da banca portuguesa, somos os mais capitalizados a seguir ao Santander Totta. Isto mostra que o Novo Banco é um banco em que se pode apostar", sublinhou Eduardo Stock da Cunha.

O presidente executivo do Novo Banco argumenta que já resolveu problemas com 78% dos 21.500 clientes do BES e que, da fatia que falta resolver, uma parte substancial respeita a detentores de papel comercial. 


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