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Novo Banco compra dívida com descontos entre 11% e 90,25%
O Novo Banco pretende recomprar a dívida sénior com níveis de desconto diferente. Em 15 das emissões, a perda face ao valor nominal é inferior a 50%. Em 20 linhas de dívida, o desconto pode chegar a 90,25%, mas as perdas dos investidores são bastante inferiores.
As condições de compra das 36 linhas de obrigações do Novo Banco variam consoante as características de cada emissão. Há 35 emissões que a instituição pretende adquirir a desconto face ao valor nominal, em que as perdas face a este preço podem variar entre 11% e 90,75%. Os descontos mais agressivos são para as linhas de cupão zero em que o valor investido foi inferior a 15% do valor nominal, pelo que, na prática, as perdas reais a sofrer pelos investidores são bastante inferiores às percentagens calculadas face ao valor nominal.
Entre as 35 emissões que a instituição liderada por António Ramalho pretende adquirir a desconto face ao valor nominal, mas a preços alinhados com o valor de mercado, os níveis de perda são inferiores a 50% para 15 emissões. Nestas linhas, há sete colocações em que o banco admite pagar mais de 80% do valor investido.
Mas há 20 linhas de dívida em que os investidores que tenham adquirido as obrigações ao valor nominal arriscam perdas superiores a 80%. Há mesmo uma destas emissões em que o desconto chega a 90,25% face ao valor nominal. No entanto, na prática estão em causa descontos bastante inferiores quando comparados com os montantes efectivamente investidos pelos detentores dos títulos. É que se trata de emissões de cupão zero com maturidades muito longas, em que os subscritores investem uma pequena percentagem do valor nominal.
Há ainda uma linha de obrigações que o Novo Banco quer comprar e se propõe pagar um prémio face ao valor nominal aos investidores, de 52,74%. Em causa está uma emissão de 20 milhões de euros que a instituição pretende adquirir por 30,55 milhões. Um valor que, ainda assim, representa um desconto face ao actual valor de mercado desta linha, que é de 37,23 milhões.
(Notícia actualizada às 12:28 com informação sobre como deve ser avaliado o desconto aplicado às emissões de dívida de cupão zero)