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Novo Banco avisa que fracasso da compra de dívida pode ditar perdas a 100%

O fracasso da oferta de aquisição de dívida que o Novo Banco acaba de lançar pode implicar perdas da totalidade do valor investido pelos obrigacionistas. O aviso consta do anúncio da operação, segundo o qual os obrigacionistas podem sofrer um impacto “mais adverso do que os termos” da compra de obrigações.

Sara Matos
25 de Julho de 2017 às 12:16
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Caso a oferta de aquisição da dívida do Novo Banco não seja bem sucedida, os investidores que detêm estes títulos poderão sofrer perdas "significativas" já que a instituição pode ser alvo de uma medida de resolução que implique uma medida de recapitalização interna das obrigações.

 

O alerta é feito pelo Novo Banco no anúncio da operação de compra de 36 linhas de obrigações destinado a gerar uma folga de solidez de 500 milhões de euros e que é uma condição indispensável à concretização da venda da instituição à Lone Star.

 

"Em caso de insucesso da presente oferta, o investimento da Lone Star no Novo Banco não seria concretizado", refere o documento, avisando que, nesse cenário, a instituição "não receberá a injecção de capital prevista ao abrigo do contrato de compra e venda", no valor de 1.000 milhões. Sem um aumento de capital, "o Novo Banco não cumprirá os requisitos mínimos regulatórios de capital e não terá capacidade de se manter em continuidade", alerta o anúncio da operação.

 

Caso não cumpra as exigências de solidez a que está sujeito, "o Novo Banco poderá ser sujeito a uma ou mais medidas de resolução", iniciativas que "incluem o mecanismo de recapitalização interna (‘bail-in’), ao abrigo do qual as autoridades de resolução podem optar por converter os valores mobiliários [obrigações alvo da oferta de aquisição] em capital ou reduzir o seu valor nominal", esclarece a instituição.

 

Num cenário de resolução, depois do accionista único do Novo Banco, o Fundo de Resolução, os primeiros investidores a terem perdas serão os detentores de dívida da instituição. Estes investidores "poderão ser significativamente afectados de forma adversa pela aplicação do mecanismo de recapitalização interna". Aliás, recorda o anúncio da oferta, para os investidores com dívida da instituição, essa hipótese "pode dar azo a um resultado final significativamente mais adverso do que os termos das ofertas e das propostas" de aquisição de dívida.

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