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Nova injeção no Novo Banco tem condições para avançar, mas não está "totalmente definida"

O Fundo de Resolução ainda está a recolher informação para avançar com uma nova injeção no Novo Banco, que pode vir a fazer-se com recurso a um empréstimo de um sindicato bancário.

Esta foi a primeira vez que Mário Centeno, ex-ministro das Finanças, apareceu publicamente na pele de governador do Banco de Portugal.
Duarte Roriz
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O Banco de Portugal garantiu hoje estar convicto de que "estão verificadas as exigentes condições" para que seja feita uma nova injeção de capital no Novo Banco, mas os detalhes desta operação, incluindo o montante e data em que será executada, ainda não estão definidos.

"Do nosso ponto de vista, não há uma situação que possa constituir um entrave à continuação do procedimento normal de aplicação dos contratos", começou por dizer Luís Máximo dos Santos, vice-governador do Banco de Portugal e presidente do Fundo de Resolução, em conferência de imprensa que decorreu esta segunda-feira, 3 de maio.

Contudo, esclareceu, uma vez que o Fundo de Resolução não dispõe de fundos suficientes para cumprir com estas obrigações, a instituição tem de negociar com outras entidades para proceder às injeções de capital no Novo Banco.

"Estamos a fazer todo o conjunto de verificações que se impõem. É verdade que está em aberto a possibilidade de o financiamento vir a fazer-se através de um empréstimo de um sindicato bancário, mas são negociações complexas. Neste momento, ainda não há uma situação totalmente definida. Estamos ainda a recolher alguma informação, nomeadamente junto da Deloitte, a consultora responsável pela auditoria que é exigida antes de se fazer qualquer injeção no Novo Banco", explicou Máximo dos Santos.

O Novo Banco recebeu, até agora, perto de 2,9 mil milhões de euros de um total de 3,89 mil milhões de euros, no âmbito do mecanismo de capitalização contingente. E já fez saber que precisará de mais cerca de 600 milhões de euros, face às contas de 2020. A banca deverá emprestar até 475 milhões, tal com o Negócios avançou.

Na semana passada, o ministro das Finanças, João Leão, assegurou que a auditoria que o Tribunal de Contas ao Novo Banco "é muito importante" para fazer face à próxima chamada de capital. E voltou a reforçar a ideia de que o valor a injetar será "substancialmente inferior" aquele que foi pedido pela instituição financeira.

O Programa de Estabilidade para 2021-2025 prevê uma injeção de capital no Novo Banco de 430 milhões de euros. Um valor que fica abaixo daquilo que estava previsto no Orçamento do Estado para 2021.

(Notícia atualizada.)
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