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Mariana Mortágua: “A estratégia de venda do Novo Banco é totalmente errada”
Depois de o Banco de Portugal ter falhado um acordo com o grupo chinês Anbang para a venda do Novo Banco, o Bloco de Esquerda está ainda mais pessimista quanto ao que se vai seguir na venda da instituição.
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O último dia de Agosto era apontado como decisivo para acertar a venda do Novo Banco ao grupo chinês Anbang, por uma soma de 3,9 mil milhões de euros. Porém, o negócio acabou por fracassar e agora o regulador está a negociar com o grupo Fosun, que detém a Fidelidade. PS e PCP mantêm o que já disseram ao Negócios: só falam quando a venda estiver decidida. Já o Bloco de Esquerda vê neste episódio um sinal muito negativo.
"A estratégia de venda do Novo Banco mostrou-se totalmente errada e, perante o fracasso perante aquela que era a melhor proposta, só podemos esperar piores condições" nas negociações que se vão seguir, reagiu Mariana Mortágua, em declarações ao Negócios.
A deputada do Bloco de Esquerda, que participou na comissão de inquérito ao BES, diz ainda que a "posição do Banco de Portugal, enquanto representante do Governo, está numa posição muito enfraquecida" para esta nova etapa da negociação, com o grupo igualmente chinês Fosun. "Se o melhor comprador pagaria um preço que já estava bem abaixo do que foi injectado no Fundo de Resolução [4,9 mil milhões de euros", as negociações que se seguem "não auguram nada de positivo", observa.
Inicialmente esperava-se que o Banco de Portugal tivesse apontado baterias para o grupo americano Apollo, que teria apresentado a segunda melhor oferta, mas segundo confirmou o Negócios, as negociações decorrem com a Fosun. A proposta do grupo Apollo só será considerada caso as negociações com a Fosun não cheguem a bom porto.