As negociações entre o Banco de Portugal e a seguradora chinesa Anbang decorreram até ao último minuto do prazo, que acabou às zero horas desta terça-feira, 1 de Setembro, e espera-se que a qualquer momento seja revelado o que vai acontecer ao Novo Banco: se vai ser vendido já ou se entra em acção um Plano B.

A Anbang tem estado em negociações exclusivas com o Banco de Portugal depois de terem ficado pelo caminho os americanos da Apollo - que compraram a Tranquilidade - e os chineses da Fosun que adquiriram a Fidelidade e a Luz Saúde.

Quer a Fosun como a Apollo continuam a manifestar-se interessadas em reentrar nas negociações num cenário de fracasso da venda à Anbang. A Apollo já terá feito saber ao Banco de Portugal que está disponível para realizar um aumento de capital se o Novo Banco não for vendido. Também a Fosun quer regressar à mesa das negociações se a Anbang não comprar já o Novo Banco.

O primeiro-ministro deixou já margem ao governador do Banco de Portugal para vender o Novo Banco com perdas afirmando no sábado em Penafiel que o supervisor fará o melhor possível. Para o Governo, arrastar o processo apenas contribui para desvalorizar a instituição de transição que resultou da resolução do BES. A intervenção foi desenhada para vender o banco o mais depressa possível, no prazo de dois anos, e não para a valorizar antes de alienar.