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PS só fala do Novo Banco quando a venda estiver concluída

Os socialistas preferem não especular sobre a venda do Novo Banco, para não prejudicarem a operação. Recorde-se que o Governo terá dado a entender ao Banco de Portugal que prefere que a venda seja feita esta segunda-feira.

Bruno Simão
31 de Agosto de 2015 às 16:41
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O Partido Socialista não quer fazer "nenhum tipo de especulação" sobre a venda do Novo Banco, que deverá ser decidida até ao final desta segunda-feira, 31 de Agosto. Instado a comentar o alegado interesse do Governo em não deixar que a venda seja adiada, mesmo que isso implique perdas avultadas para o Fundo de Resolução, o deputado Pedro Nuno Santos diz que "existe um processo negocial em curso" e que o PS espera que "o resultado seja o melhor para o Estado".

 

"Não vamos dizer nada que possa prejudicar a negociação", insistiu Pedro Nuno Santos. "O PS deseja que o negócio seja vantajoso para o Estado e para os contribuintes", e, caso o preço de venda seja inferior ao da capitalização do Fundo de Resolução, no valor de 4,9 mil milhões de euros, "que se perca o menos possível".

 

Segundo escreve o Negócios esta segunda-feira, a venda do Novo Banco será mesmo para concluir até ao final de hoje. A decisão deverá ser tomada até à meia-noite e cabe ao banco de Portugal e é esse o cenário que mais agrada ao Governo. O Governo terá, aliás, dado margem política a Carlos Costa para decidir vender o banco, mesmo que isso implique perdas avultadas.

 

O cenário mais provável é que a venda seja feita ao grupo chinês Anbang, que não terá chegado aos 4,9 mil milhões de euros (terá ficado por uma oferta de 3,5 mil milhões). Se não existir acordo com os chineses, o Banco de Portugal poderá tentar um acordo com os americanos da Apollo, que terão apresentado a segunda melhor oferta.

 

Nesse segundo cenário, a negociação também teria que ser conduzida de forma célere, para evitar que se chegue mais perto do fim do prazo de dois anos – até Agosto de 2016 – definido para vender o Novo Banco. À medida que o tempo for passando, a margem negocial do regulador será mais reduzida.

 

A declaração de Pedro Nuno Santos acaba por ir no mesmo sentido do que António Costa disse na redacção aberta da SIC, há duas semanas: que preferia não dizer nada "que possa contribuir para insucesso da operação de venda" do Novo Banco. Apesar disso, Costa deixou uma bicada a Carlos Costa: "que houve já muita imprudência até agora, houve".

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