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Anbang coloca 3,5 mil milhões na mesa para comprar o Novo Banco

O grupo segurador chinês pretende um desconto no preço base caso tenha de realizar um aumento de capital superior ao previsto, escreve esta terça-feira o Diário Económico.

18 de Agosto de 2015 às 09:27
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A Anbang ofereceu perto de 3,5 mil milhões de euros pelo Novo Banco, tendo sido este o valor base que convenceu o Banco de Portugal a negociar em exclusivo com os chineses. A proposta contempla ainda um reforço de capital de até mil milhões de euros, mediante os resultados dos próximos testes de "stress" europeus.

 

Segundo escreve o Diário Económico nesta terça-feira, 18 de Agosto, o grupo segurador chinês reclama, no entanto, um desconto no preço se tiver de fazer um aumento de capital superior ao previsto. O Banco de Portugal e o Governo querem fechar o dossiê até ao final de Agosto, tendo o ministro da Presidência, Marques Guedes, já expressado o desejo de que "o processo se possa concluir o mais brevemente possível".

 

Com os valores em cima da mesa, o Fundo de Resolução, que injectou 4,9 mil milhões de euros no antigo BES, teria um prejuízo na ordem dos 1,4 mil milhões de euros. Recorde-se que o Estado emprestou 3,9 mil milhões de euros ao fundo de resolução da banca, accionista único do Novo Banco, que tinha, através de recursos próprios e dinheiro emprestado pelos bancos, os restantes mil milhões que totalizaram a capitalização do banco presidido por Eduardo Stock da Cunha.

 

Como o Negócios avançou em primeira mão a 12 de Agosto, o grupo Anbang foi escolhido para negociar em exclusivo com o Banco de Portugal a compra do Novo Banco. Em função do desfecho das negociações, a entidade liderada por Carlos Costa admite ainda recuperar a proposta do grupo norte-americano Apollo para uma segunda ronda negocial. De fora da corrida à compra do banco que herdou os activos saudáveis do BES está o conglomerado chinês Fosun, que controla a Fidelidade e a Luz Saúde.

 

A Angbang, que é o maior grupo segurador chinês, ganhou notoriedade internacional com a aquisição do mítico hotel de Nova Waldorf Astoria, por 1,95 mil milhões de dólares (1,78 mil milhões de euros). Entre as aquisições da companhia contam-se ainda uma seguradora belga (Fidea) e outra holandesa (Vivat), e um pequeno banco belga (Delta Lloyd Bank).

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