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Novo Banco com prejuízo de 251,9 milhões no semestre

Banco de transição teve prejuízos de 251,9 milhões no primeiro semestre. Grande parte dos prejuízos resultou da anulação de 103 milhões de euros de juros relativos a créditos de grandes clientes contratados pelo BES.

31 de Agosto de 2015 às 22:05
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O Novo Banco teve prejuízos de 251,9 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano passado, revela a instituição liderada por Eduardo Stock da Cunha em comunicado publicado esta segunda-feira, 31 de Agosto. Um valor que inclui o impacto negativo de operações de crédito de grandes clientes herdadas do Banco Espírito Santo.

 

"A margem financeira sofreu o impacto negativo com a anulação contabilística de juros provenientes, na sua maioria, de grandes operações contratadas antes da resolução, no valor de 103 milhões de euros antes de impostos", justifica o banco. No total, os proveitos da intermediação financeira ascenderam a 214,7 milhões.

 

O impacto das operações de grandes clientes está relacionado com uma prática que vigorou no BES e que permitia que alguns credores do banco pagassem os juros de empréstimos com novos créditos contraídos junto da instituição. Um mecanismo que permitia, por um lado, aumentar a margem financeira e, por outro, elevar o crédito concedido.

 

Além deste impacto, as perdas semestrais do Novo Banco reflectem diversos factores extraordinários, como a imparidade na participação na Pharol SGPS (55,4 milhões de euros) e os custos com reformas antecipadas e indemnizações (7,6 milhões de euros). Houve ainda o impacto negativo de a reavaliação de passivos, no valor de 59,4 milhões de euros, mas que foi anulado pela libertação de provisões de idêntico valor. Sem estes efeitos, os prejuízos teriam sido de 188,9 milhões.

 

No total, o produto bancário ascendeu a 414,6 milhões, enquanto os custos operacionais se fixaram em 397 milhões.

Apesar de não haver dados relativos a 30 de Junho de 2014 – uma vez que o Novo Banco não tinha ainda sido criado –, a instituição sublinha que "os custos com pessoal, em base comparável, caíram 9,6% e os custos com fornecimentos e serviços externos recuaram 9,7%". Uma evolução que reflecte a saída de colaboradores: o banco perdeu 133 trabalhadores em termos individuais. Considerando todo o grupo a diminuição foi de 195 empregados.

 

Também as imparidades e provisões penalizaram os resultados. No total, o banco provisionou mais 271,6 milhões, dos quais 252,3 milhões para crédito.

 

Em termos de actividade, o crédito a clientes reduziu-se 3,5% face ao final de Dezembro, fixando-se em 33,7 mil milhões de euros. Já os depósitos aumentaram 2,3 mil milhões, para 28,9 mil milhões.

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