O lucro conjunto do BCP, BPI, Novo Banco e Santander Portugal nos primeiros nove meses do ano atingiu 2,55 mil milhões de euros em termos consolidados. O valor representa um acréscimo de 10,7% face ao período homólogo, segundo contas do Negócios com base nos números oficiais comunicados pelas instituições financeiras.

Quando a ótica é a das operações domésticas, o resultado é semelhante: 2,38 mil milhões de euros de lucro, uma subida de 10,9% face a setembro de 2023.

A taxa média de crescimento dos resultados consolidados e domésticos fica abaixo das subidas muito expressivas que os bancos apresentaram nos últimos dois anos e que foram uma consequência da subida das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE): depois de um longo período de subidas que elevaram a taxa de referência para 4%, o BCE já a cortou três vezes desde junho, reduzindo-a para os atuais 3,25%.

A descida refletiu-se na margem financeira das instituições, que tem sido o grande motor de crescimento dos resultados mas começa a dar sinais de enfraquecimento.

Nos resultados consolidados, a margem somada dos quatro bancos cresceu 6,5% para 4,98 mil milhões de euros. E há um número que se destaca, não pela sua dimensão, mas porque é negativo: a margem financeira do BCP caiu 0,3% nos primeiros nove meses de 2024 face ao período homólogo.

Nos restantes bancos há ainda subidas, mas - com a exceção do Santander, cuja margem disparou 20,5% - mais modestas do que no passado recente: BPI e Novo Banco tiveram acréscimos de cerca de 6,5%.

Da análise da margem conjunta nas operações domésticas resulta uma subida de 6% para 3,87 mil milhões de euros. O BCP destaca-se, neste campo, com um registo negativo: a margem em Portugal rendeu, até setembro de 204 menos 8,6% do que no mesmo período de 2023.