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Lucro do BPI em Portugal cresceu 15% para 511 milhões em 2024
Resultado consolidado aumentou 12%, atingindo 588 milhões de euros. Dividendos deverão situar-se entre 320 milhões e 440 milhões de euros.
O BPI lucrou 511 milhões de euros em Portugal em 2024. O resultado é 15% superior aos 444 milhões registados em 2023.
Em termos consolidados, o banco registou um resultado líquido de 588 milhões de euros, numa evolução de 12%.
"São resultados muito bons e que vieram muito do volume de negócios", afirmou o CEO do banco, João Pedro Oliveira e Costa, na apresentação dos resultados.
A atividade internacional contribuiu com 77 milhões de euros: o angolano BFA foi responsável por 39 milhões de euros (numa queda de 5% face a 2023), enquanto o moçambicano BCI originou 38 milhões (menos 3%).
A margem financeira em Portugal aumentou 4% para 977 milhões de euros e as comissões líquidas originaram um encaixe de 327 milhões, 12% acima de 2023, elevando o produto bancário para 1,4 mil milhões de euros.
A margem cresceu mais na operação doméstica do que na atividade global, onde o aumento foi de 3% (979 milhões de euros).
A carteira de crédito melhorou 3% para 31,1 mil milhões de euros. Os empréstimos a particulares atingiram 16,8 mil milhões (mais 3%), com o crédito à habitação a evoluir 5% para 15,2 mil milhões. Uma evolução "impressionante, dada a quantidade de reembolsos", afirmou o CEO do banco.
O crédito a empresas atingiu 12 mil milhões de euros, tendo crescido 4%. Os empréstimos ao setor público desceram 1%, fixando-se em 2,3 mil milhões de euros.
O rácio de malparado é de 1,4%.
A carteira de depósitos aumentou 4%, para um total de 30,5 mil milhões de euros.
O BPI chegou ao final de 2024 com uma rentabilidade de 18,2%.
No capítulo do capital, teve um rácio de CET 1 de 14,3%. O rácio de capital total foi de 17,9%.
Ao longo de 2024 saíram cerca de 240 pessoas do banco, que por outro lado contratou 225 jovens trabalhadores. Os custos com reformas antecipadas e rescisões amigáveis tiveram um impacto de 65 milhões de euros nos custos, que aumentaram 5% para 555 milhões de euros. Sem esse impacto "one off", os custos recorrentes diminuíram 1% para 490 milhões.
Dividendos de 55% a 75% do lucro
"O tema dos dividendos ainda não foi abordado", disse o CEO, avançando, no entanto, que o "payout" será semelhante ao praticado nos últimos anos, a rondar 55% a 75% do lucro, valor que aponta para 320 milhões a 440 milhões de euros. O valor será decidido em Assembleia Geral de acionistas.
Noticia alterada às 14h34 para corrigir a percentagem máxima de dividendos que é de 75% e não de 65% como foi escrito anteriormente, assim como o valor que daí resulta.