O BPI deverá distribuir dividendos com um "payout" de 50% a 60% do resultado líquido entre 2025 e 2027, prevê o CEO do Caixabank. E o crescimento da instituição financeira portuguesa será orgânico: Gonzalo Gortazár afastou o cenário de aquisições em Portugal.

Em Madrid, na apresentação do plano estratégico do Caixabank para o período 2025-2027, e questionado sobre a previsão para os dividendos a pagar pelo BPI nos próximos anos, Gonzalo Gortazár afirmou que "não será muito diferente do que o Caixabank dá aos seus próprios acionistas". No plano estratégico, o acionista da instituição financeira portuguesa aponta para distribuir, ele próprio, 40% a 60% dos resultados até 2027.

O CEO do acionista catalão da instituição portuguesa acrescentou, no entanto, que os dividendos serão decididos "respeitando sempre a solvência e rácios de capital do BPI e assegurando que o BPI tem capital para crescer". O capital a distribuir será calculado apenas após serem garantidos estes crítérios, assegurou.

O BPI distribuiu 517 milhões de euros em 2024 relativos a 2023 – um valor próximo do resultado líquido do banco - e prevê que no próximo ano a cifra não seja muito diferente.

O CEO do Caixabank voltou ainda a rejeitar um cenário de compras em Portugal. Questionado sobre se está a ponderar olhar para o Novo Banco ou mesmo o BCP, Gortazár reafirmou que a evolução que espera é orgânica.

Esse crescimento, explicou, afasta também a hipótese de o banco enfrentar saídas adicionais de pessoal. "Não há no BPI nenhum plano para reduzir, mas para continuar a crescer", disse.

O jornalista viajou a Madrid a convite do Caixabank