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Provisões levam lucro do Novo Banco a cair 4,4% para 610 milhões até setembro

Provisões de 30 milhões levaram a queda do lucro até setembro. Margem financeira aumentou 6,6%, até aos 886,3 milhões de euros.

A estratégia de crescimento do Novo Banco passa por estudar aquisições e a GamaLife insere-se nesse enquadramento.
Bruno Colaço
31 de Outubro de 2024 às 07:42
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O Novo Banco registou um lucro de 610,4 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, 4,4% abaixo do valor registado no período homólogo, anunciou a instituição financeira em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O resultado inclui a constituição de provisões de 30 milhões de euros para o "processo de transformação enquadrado no programa estratégico de inovação e simplificação", explica a insittuição financeira. "Excluindo este custo não recorrente, o resultado líquido no período encontra-se em linha com o período homólogo", argumenta. 

Nos primeiros nove meses, o banco colocou de parte um total de 107,7 milhões de euros em imparidades e provisões, 31,7% mais do que os 81,7 milhões registados em setembro de 2023.

A queda acontece apesar do aumento de 6,6% da margem financeira, que atingiu 886,3 milhões de euros. A taxa da margem foi de 2,79%, "beneficiando da gestão equilibrada das taxas de juro dos ativos e do custo de financiamento, apesar do atual contexto de descida das taxas de juro", explica o banco em comunicado.

A receita com comissões, pelo contrário, aumentou 10,7% para 240,4 milhões de euros, "suportada pelo desempenho do franchising com uma base de clientes crescente e pela dinâmica na execução de iniciativas para incrementar as receitas de comissões, principalmente na gestão de contas e meios de pagamentos".

O produto bancário comercial ganhou 5% para 1,16 mil milhões de euros.

O volume de depósitos cresceu 4,7% face a dezembro de 2023 para 29,5 mil milhões de euros.

A carteira de crédito líquida de imparidades atingiu 27,6 mil milhões de euros (mais 2,3% do que no final do ano passado). O crédito a empresas cresceu 0,4% para 13,87 mil milhões de euros, enquanto os empréstimos a particulares totalizaram 11,71 mil milhões (numa subida também de 0,4%). A carteira de crédito à habitação caiu 1,4% para 9,9 mil milhões de euros face a dezembro de 2023, enquanto o crédito para outros fins subiu 11,4% para 1,78 mil milhões.

Malparado continua a cair

O crédito malparado caiu 9,3% desde o início do ano para 1,03 mil milhões de euros. O rácio de NPL (sigla para a expressão inglesa "Non-Performing Loans") foi de 4%, abaixo dos 4,4% verificados em dezembro de 2023. O rácio de cobertura de NPL cresceu para 89,1%, com o rácio líquido de NPL a fixar-se em 0,5%.

De janeiro a setembro, o Novo Banco pagou 36,9 milhões de euros em impostos e 33,2 milhões na contribuição sobre o setor bancário.

Os custos operacionais totalizaram 365,8 milhões de euros, um acréscimo de 7,7% face ao período homólogo.

A rentabilidade, medida pelo rácio "Return on Tangible Equity", caiu de 24,3% em dezembro de 2023 para 18,9% no final de setembro deste ano.

No capítulo do capital, o rácio CET 1 (sigla para a expressão inglesa "Common Equity Tier 1") cresceu 255 pontos base face ao início do ano, atingindo 20,7%, enquanto o rácio de solvabilidade subiu para 23,6%. "Este desempenho evidencia a capacidade
de geração de capital do modelo de negócio do novobanco e a disciplina na alocação do capital", afirma a instituição liderada por Mark Bourke.

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