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CEO do Novo Banco "otimista" para fim "a muito curto prazo" do acordo que impede dividendos

Devido à subida das taxas de juro, o Novo Banco acumulou desde 2021 perto de dois mil milhões de euros que não foram distribuídos devido à restrição imposta pelo acordo de capital contigente. Agora, o fim deste acordo pode estar para muito em breve, segundo Mark Bourke.

Miguel Baltazar
31 de Outubro de 2024 às 13:58
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O CEO do Novo Banco (NB), Mark Bourke está "muito otimista" quanto à possibilidade de concluir o processo que permita o fim antecipado do Acordo de Capital Contingente (CCA), que impede a instituição financeira de distribuir dividendos. 

"Estamos muito optimistas quanto à possibilidade de concluir esta questão entre nós e o acionista a curto prazo, mas não podemos adiantar mais nada. Estamos otimistas e esperamos que seja a muito curto prazo", referiu Mark Bourke, durante a "conference call" com analistas.

Mark Bourke sublinhou que a instituição financeira estaria "mais otimista, à medida que avançasse mais nas negociações, mas, que como se costuma dizer, nunca está feito até estar feito".

O CEO recordou ainda que não pode por si "iniciar conversações com o regulador" e que o fim deste acordo está sujeito "à conclusão bem sucedida destas negociações, tanto em termos de montantes como de calendário". Ainda assim, Mark Bourke acredita que "demoraria três a quatro meses a passar por todo o processo [negocial] e de obter a aprovação do supervisor".

Devido à subida das taxas de juro, o Novo Banco acumulou desde 2021 perto de dois mil milhões de euros que não foram distribuídos devido à restrição imposta pelo acordo de capital contigente.

Há uma semana, uma fonte citada pelo Eco explicou que o fim do acordo de capital permitirá à instituição liderada por Mark Bourke libertar mais de mil milhões. A maior fatia, de 750 milhões de euros, irá para o fundo americano Lone Star, seguindo-se o Estado através do Fundo de Resolução e da Direção-Geral do Tesouro e Finanças.

Já em maio, o CEO do Novo Banco considerava possível terminar o Acordo de Capital Contingente antes de 2025.

O entendimento entre o Fundo de Resolução e o Novo Banco já foi alcançado. Ao permitir o fim deste entendimento e a consequente distribuição de dividendos, este é um passo fundamental para a potencial compra da instituição financeira.

As palavras de Mark Bourke foram proferidas durante uma chamada com analistas referente aos resultados do terceiro trimestre e do somatório dos primeiros nove meses. Até setembro, o Novo Banco viu os lucros cederem 4,4% para 610 milhões de euros, devido sobretudo à constituição de provisões.

(Notícia atualizada às 14:15 horas).

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