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Lesados avisam que vão aos balcões do Novo Banco identificar gestores que venderam papel comercial

A associação de lesados do BES marcou para sexta-feira, 29 de Maio, uma acção para apresentar queixas-crime contra os gestores e a estrutura directiva das agências onde adquiriram papel comercial.

Miguel Baltazar/Negócios
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Os lesados do Banco Espírito Santo anunciaram esta quinta-feira, 28 de Maio, que irão aos balcões do Novo Banco e do Best, acompanhados por agentes de autoridade, para identificar os gestores que lhes venderam papel comercial de sociedades do Grupo Espírito Santo.

"Não nos resta outra alternativa que não seja apresentar queixa-crime contra os gestores, subdirectores e directores de agência, directores regionais, directores de zona e demais estrutura que, directa ou indirectamente, estiveram envolvidos na colocação de papel comercial na rede de retalho", indica um comunicado emitido pela Associação dos Indignados e Enganados do Papel Comercial.

No documento, os lesados indicam que se vão deslocar às agências "onde lhes foi apresentado e vendido o papel comercial para identificação dos diversos envolvidos em tal prática comercial".

A acção irá centrar-se na agência que se encontra na sede do Novo Banco, em Lisboa, sendo que depois os lesados pretendem deslocar-se para a sede do Best. Mas será "alargada a todo o país, com os lesados a deslocarem-se às agências onde lhes foi apresentado e vendido o papel comercial". O encontro está marcado para as 12h30.

"O objectivo é apenas o de demonstrar ao Banco de Portugal, ao Novo Banco, demais entidades e aos portugueses que não foi nenhum acto de ganância, em busca de dinheiro fácil pelo que, acreditamos que, e à semelhança do que oficiosamente nos foi transmitindo, os gestores e restantes colaboradores do então BES, agora Novo Banco, transmitam a verdade dos factores, relatando a verdade do que realmente se passou", aponta o comunicado, assinado pelo presidente da associação Ricardo Ângelo.

Há 2.508 clientes do agora Novo Banco que têm 550 milhões de euros em papel comercial emitido pela ESI, Rioforte e ES Property, sociedades do Grupo Espírito Santo, e que ainda não foram reembolsados – nem sabem se vão saber.

Esta acção é tomada depois de o governador do Banco de Portugal ter dito, no Parlamento, que se tem de fazer uma separação entre investidores que foram enganados aquando da comercialização do papel comercial e os que sabiam que estavam a colocar dinheiro em produtos de risco – Carlos Tavares, da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, já disse que é impossível fazer esse trabalho.
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