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Isabel dos Santos e CaixaBank acertam forma de pagamento para divórcio no BPI
Os dois maiores accionistas do BPI estão a acertar as formas de pagamento no divórcio que estão prestes a formalizar no BPI. Segundo a Reuters, Isabel dos Santos e CaixaBank estão “em constante troca de protocolos”.
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Isabel dos Santos e o Caixabank estão ainda a acertar os últimos detalhes do acordo que vai permitir o divórcio dos dois maiores accionistas do BPI. Um dos pormenores em aberto é a forma de pagamento bem como as opções futuras, avança a Reuters esta terça-feira, 22 de Março, citando fonte conhecedora das negociações, que não antecipa qualquer prazo para o fecho final das negociações.
As linhas essenciais do entendimento ficaram fechadas na semana passada, prevendo que a empresária angolana venda ao CaixaBank a sua posição de 18,58% no BPI e compre a posição de controlo que o banco liderado por Fernando Ulrich tem no Banco de Fomento Angola (BFA).
"Estamos na fase de constantes trocas de protocolos entre as duas partes sobre um negócio que é complexo e envolve muitas entidades", adiantou à Reuters fonte com conhecimento directo das negociações. De acordo com este responsável, há alguns detalhes ainda em aberto.
Recorde-se que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários decidiu, esta terça-feira, suspender a negociação das acções do BPI, à espera de informação sobre a instituição liderada por Fernando Ulrich.
Quando o acordo final for fechado, Isabel dos Santos e CaixaBank terão de anunciar ao mercado o desfecho das negociações. Já o grupo catalão deverá ainda avançar com o anúncio preliminar da oferta pública de aquisição (OPA) sobre o BPI, operação que será obrigatória já que o CaixaBank passará a controlar mais de 50% do BPI.
Com a concretização do acordo com os catalães, Isabel dos Santos deverá avançar para o BCP, tendo já recebido apoio nesse sentido do primeiro-ministro António Costa. "O Governo português já deu a sua aprovação a esse cenário. Essa entrada pode ser feita através de um aumento de capital que permita capitalizar o banco para que este possa reembolsar o Estado", adiantou a mesma fonte à Reuters.
Como o Negócios avança esta terça-feira, Isabel dos Santos é uma alternativa para o BCP mobilizar fundos que lhe permitam antecipar a liquidação da última fatia de 750 milhões de instrumentos de capital contingente ("CoCos") subscritos pelo Estado. Um cenário que permitiria ao banco liderado por Nuno Amado posicionar-se como candidato ao Novo Banco.