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Institucionais reforçaram posições e já têm um quarto do BCP
Os investidores institucionais estrangeiros reforçaram a sua exposição ao BCP passando a controlar cerca de um quarto do banco, após o aumento de capital que hoje termina. Operação registou uma procura superior em mais de 20% ao número de acções a emitir.
Os fundos de investimento e outros investidores institucionais estrangeiros aproveitaram o aumento de capital do BCP para reforçar a sua exposição à instituição liderada por Nuno Amado, passando a controlar cerca de um quarto do capital do banco. O peso destes investidores na estrutura accionista era inferior a 20% antes do aumento de capital de 1.330 milhões de euros.
O reforço dos institucionais estrangeiros e o aumento da posição da Fosun foram dois dos factores que contribuíram para que a procura para a subscrição de novas acções superasse em mais de 22,9% a oferta disponível. Já as ordens dadas para os títulos atribuídos através de rateio superaram 14,3 vezes o número de acções disponíveis.
Tal como o Negócios já tinha avançado, também os pequenos accionistas do BCP aderiram à operação, ao ponto de terem ficado com uma fatia entre 30% e 35% do capital do banco. Esta percentagem supera as estimativas iniciais da gestão, que admitia que os investidores de retalho ficassem com menos de 30% do banco, contra os anteriores 40%.
Accionistas com 1,6% do capital não exerceram direitos
No comunicado com o anúncio dos resultados da operação, o BCP refere que no exercício de direitos de subscrição foram objecto de subscrição proporcional 13.943.683.125 acções, representativas de cerca de 98,4% do total de acções a emitir".
Assim, ficaram disponíveis para rateio 225.682.455 acções, já que os detentores de 1,6% do capital do BCP não exerceram os direitos que receberam, tendo perdido o valor correspondente.
Os pedidos suplementares de acções sujeitos a rateio totalizaram 3.463.624.516 acções, excedendo cerca de 14,3 vezes a quantidade disponível para o efeito. A quem pediu acções adicionais recebeu pelo menos 2,65% dos títulos solicitados.
"A liquidação financeira das acções subscritas no exercício dos direitos de subscrição ocorre na presente data e a liquidação financeira das acções atribuídas em rateio deverá ocorrer a 7 de Fevereiro de 2017", refere o comunicado.
Quer isto dizer que o pagamento das novas acções tem lugar esta sexta-feira e que os títulos vão ser creditados na carteira do banco na terça-feira, 7 de Fevereiro. Dois dias depois, a 9 de Fevereiro, as acções passam a estar disponíveis para negociar em bolsa.
As acções do BCP têm recuperado nas últimas sessões, tendo esta sexta-feira valorizado 3,9% para 16,79 cêntimos.
(notícia actualizada às 17:30 com comunicado do BCP)