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BCP mais do que duplica peso no PSI-20

O aumento de capital vai dar uma vida renovada ao BCP em bolsa. Os investidores institucionais vão ter um maior peso no capital do banco, que continuará a ter uma base alargada de pequenos accionistas. O peso no PSI-20 regressa aos 10%.

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Vários anos de quedas acentuadas em bolsa retiraram protagonismo ao BCP na evolução do principal índice da bolsa nacional. O aumento de capital de 1,33 mil milhões de euros veio alterar este cenário, com o banco liderado por Nuno Amado a passar a ter um peso de cerca de 10% no PSI-20. Um salto substancial face aos pouco mais de 4% que apresentava a 9 de Janeiro, dia em que foi anunciada a realização do aumento de capital.

Esta alteração tornou-se efectiva na sessão de sexta-feira, pois apesar de as novas acções só ficarem disponíveis para negociação a 9 de Fevereiro, a Euronext já as tem em conta no cálculo do PSI-20. O capital do BCP passou a ser representado por 14,17 mil milhões de novas acções, o que confere ao banco uma capitalização de 2,54 mil milhões de euros.

O BCP ganha assim uma relevância muito maior na evolução do índice português, regressando a um passado já distante quando o peso também era de dois dígitos. No arranque do ano, quando a capitalização bolsista era inferior a mil milhões de euros, o BCP era a décima cotada com maior peso no índice, atrás de empresas como a Sonae e a REN. Agora já é a quarta. Uma alteração que tenderá a ter efeito positivo na cotação, já que os fundos que replicam o comportamento do índice português terão de reforçar as suas carteiras com acções do banco para reflectir a mudança.

O destino do PSI-20 continua a ser em grande parte definido pelos pesos-pesados do costume, já que a Galp Energia, Jerónimo Martins e a EDP têm em conjunto uma importância de 40% no índice português. A eléctrica portuguesa está ainda assim ao "alcance" do BCP, já que se as acções mantiverem a tendência de alta registada nas últimas sessões, o peso no PSI-20 também aumentará. Na sexta-feira as acções avançaram 3,9%, elevando para 15% o ganho acumulado desde que os direitos de subscrição deixaram de negociar em bolsa.


Institucionais reforçam

Outra alteração relevante que decorre do aumento de capital tem a ver com o peso dos investidores institucionais na estrutura accionista do banco. Os fundos de investimento e outros investidores institucionais estrangeiros aproveitaram o aumento de capital do BCP para reforçar a sua exposição à instituição liderada por Nuno Amado, passando a controlar cerca de um quarto do capital do banco. Um reforço substancial já que antes do aumento de capital o peso destes investidores no capital era inferior a 20%.

O reforço dos institucionais estrangeiros e o aumento da posição da Fosun foram dois dos factores que contribuíram para que a procura para a subscrição de novas acções superasse em mais de 22,9% a oferta disponível. Também os pequenos accionistas aderiram à operação, ao ponto de terem ficado com uma fatia entre 30% e 35% do capital. Abaixo da fasquia anterior (40%), mas acima das estimativas iniciais da gestão, que admitia que os investidores de retalho ficassem com menos de 30% do banco.

Ajuste deu ganho extra ao PSI-20

O PSI-20 disparou perto de 3% na sexta-feira, a subida mais acentuada desde 20 de Junho do ano passado, mas grande parte da subida ficou a dever-se ao ajuste que foi efectuado pela Euronext à cotação do índice português, para reflectir a exclusão dos direitos de subscrição do aumento de capital do BCP do cálculo do PSI-20. Como os direitos de subscrição do BCP negociaram em bolsa abaixo do valor teórico que resultava da cotação das acções, o ajuste efectuado na sexta-feira acabou por ter um impacto positivo no valor do PSI-20. Segundo a Euronext, este ajuste adicionou 75,71 pontos à cotação do PSI-20, o que corresponde a uma subida de 1,7%.

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