Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Fosun, Sonangol e EDP propõem Miguel Maya para CEO do BCP

O conselho de administração proposto para a assembleia-geral de 30 de Maio conta com 17 nomes, o mínimo exigido pelos estatutos. Nuno Amado passa a “chairman”, Miguel Maya como CEO, Norberto Rosa como presidente da comissão de auditoria. O presidente da Fidelidade passa a estar presente na equipa.

Tiago Sousa Dias/Correio da Manhã
  • 12
  • ...

Miguel Maya (na foto) é mesmo o nome proposto pelos principais accionistas do BCP para novo presidente da comissão executiva. Nuno Amado sai desse cargo para, por sua vez, liderar o conselho de administração. Os gestores são dois dos 17 nomes da lista para a cúpula do banco, a votar na assembleia-geral de 30 de Maio.

 

Nuno Amado era, desde 2012, presidente da comissão executiva e vice-presidente do conselho de administração, mas já tinha sido noticiado que iria presidir à administração. Miguel Maya, seu vice na comissão executiva, passa a liderar esse órgão.

 

A proposta para o conselho de administração é assinada pelos três maiores accionistas, que representam 48,66% dos direitos de voto: Fosun, com 27,06% do capital, Sonangol, com 19,49%, e o fundo de pensões da EDP, com 2,11%.

 

Da actual comissão executiva transitam João Nuno Palma (que entrou pela mão da Fosun), que fica como vice, Miguel Bragança, José Pessanha e Rui Teixeira.

 

Como já noticiado, Maria José Campos é administradora do banco do BCP na Polónia proposto para passar a ocupar funções executivas na gestão do banco em Portugal.

 

Saem, da actual comissão executiva, José Iglésias Soares e Conceição Lucas.

 

Líder da Fidelidade no BCP com regras mais exigentes

 

Jorge Magalhães Correia é uma novidade na administração do BCP. É o presidente da Fidelidade, detida em 15% pela Caixa Geral de Depósitos, e representante da Fosun. Assume funções não executivas no banco privado, que tem uma parceria na área seguradora com a Ageas, dona da Ocidental.

 

Segundo a proposta, os membros da administração que exercem funções em empresas em áreas onde o banco opera, como o ramo segurador, têm limitações. "Não deverão receber acesso a informação, nem participar em processos de decisão sobre matéria relativa a planos de desenvolvimento estratégico das áreas de negócio onde se verifique tal situação", assinala a proposta.

 

Outra das novidades é Teófilo Fonseca para a administração, com funções não executivas, que, até Novembro, estava na Caixa Geral de Depósitos, como subdirector da direcção internacional do grupo. 

 

Norberto Rosa vai fiscalizar Maya

 

Norberto Rosa passa a administrador do BCP, sendo o presidente da comissão de auditoria, segundo a sugestão dos maiores accionistas. Nessa comissão, com funções de fiscalização, é acompanhado por Cidália Lopes (já nesse cargo desde 2015), Valter de Barros (que tem como experiência profissional o exercício de funções como assessor do ministro das Finanças em Angola e passado na banca) e Wan Long. 

 

Ana Paula Gray, administradora não executiva do BAI – Banco Angolano de Investimentos, está na lista de não executivos da administração do BCP. É não independente, ligada à Sonangol.

 

Lingjiang Xu e Xiaoxu Gu são os nomes da administração, com funções não executivas, ligados à Fosun.

 

A intenção dos accionistas do BCP é que os nomes agora propostos fiquem nos respectivos cargos por quatro anos (até 2021), mais um ano do que os mandatos actualmente existentes (três anos). A alteração dos estatutos com vista a essa modificação também é votada na assembleia-geral de 30 de Maio.

 

(Notícia actualizada às 8:20 com mais informação e corrigido dia 9 de Maio para rectificar que Valter Barros foi assessor do ministro das Finanças de Angola)

Ver comentários
Saber mais Miguel Maya BCP EDP Sonangol Fosun Nuno Amado banca
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio