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Lucros do BCP aumentam 71% para 85,6 milhões de euros

O banco liderado por Nuno Amado fechou o primeiro trimestre do ano com um resultado líquido 70,8% superior ao alcançado no período homólogo.

Miguel Baltazar
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O BCP registou lucros de 85,6 milhões de euros nos primeiros três meses deste ano, o que representa um crescimento de 70,8% face ao período homólogo, quando registara 50,1 milhões, anunciou o banco em comunicado


Os analistas estimavam lucros de 88 milhões de euros, o que correspondia a um aumento de 76% face ao resultado obtido no mesmo período de 2017. A média das 11 casas de investimento que seguem o BCP apontavam, contudo, para um lucro de 77 milhões de euros, segundo apurou o Negócios. 

O banco comenta que houve crescimento na actividade nacional, mas a evolução internacional manteve-se estável. Em Portugal, o lucro foi de 44 milhões (9 milhões entre Janeiro e Março de 2017) e, no estrangeiro, de 41 milhões (em linha com o homólogo).

  

A margem financeira subiu 3,8% para 344,8 milhões de euros, mas devido à actividade internacional, já que houve um recuo na actividade doméstica.

 

Já as comissões somaram 4,4% e situaram-se em 167,8 milhões de euros, com maior avanço em Portugal.

 

Contudo, a rubrica de resultados em operações financeiras e outros proveitos de exploração geraram 25,2 milhões, 38% abaixo do período homólogo. Cerca de 10 milhões são ajustes de valor relacionados com imóveis do banco que estão em fundos de investimento imobiliário, segundo explicou Nuno Amado na conferência de imprensa.

 

Na soma de todos os indicadores, o produto bancário situou-se em 537,8 milhões, praticamente em linha com os 534 milhões do trimestre do ano anterior.

 

Já os custos operacionais agravaram-se 3,2% para 246 milhões de euros.

 

A rubrica de imparidades e provisões deu um contributo positivo na comparação, já que houve um recuo de 36,1% para 129,9 milhões. "Estamos a caminho na normalização a nível de imparidades. Valor ainda com algum significado", assume Nuno Amado.

 

Em termos de exposições não rentáveis, como o crédito malparado, o BCP contava, em Março, com 7.157 milhões de euros, abaixo dos 9.159 milhões homólogos, uma quebra de 22%. Em Portugal, são de 6,282 mil milhões.

 

Os recursos totais subiram 5,7% para 72.669 milhões de euros, crescendo mais fora do país do que na actividade nacional.

 

Já o crédito a clientes (bruto) cedeu 2,5% para 50.959 milhões, com recuo de 3,6% em Portugal. Caiu tanto no segmento de crédito à habitação, ao consumo e a empresas.


O rácio de capital CET 1 ficou-se pelos 11,8% em Março, acima dos 11,2% registados no mesmo mês de 2017. "Tem apresentado evolução favorável, apesar de todo o nível de exigência das autoridades", disse Nuno Amado.

Assista aqui à gravação da conferência de imprensa com Nuno Amado:


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