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António Mexia sai da administração do BCP ao fim de dez anos

O presidente da EDP abandona a cúpula do BCP. A primeira vez que tinha sido nomeado, para o então conselho geral e de supervisão, foi em 2008. Cumpriu o quinto mandato, mas não vai para o sexto.

É talvez a eleição mais mediática deste ano de entre as cotadas. Já disse, a propósito da sua recondução, que 'tudo depende dos accionistas'. As notícias têm apontado no sentido da sua saída, mas não é certo que isso aconteça. Disso mesmo deu conta, recentemente, o jornal Público. Mais certa é a substituição de Eduardo Catroga como presidente do conselho geral e de supervisão. A assembleia está marcada para 5 de Abril.
Miguel Baltazar
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António Mexia vai sair da administração do Banco Comercial Português (BCP). O nome do presidente da EDP não consta da lista de 17 administradores que é proposta à assembleia-geral de accionistas de 30 de Maio.

 

O líder da eléctrica nacional falha, assim, o sexto mandato. A primeira vez que foi nomeado para a EDP foi em 2008, quando era membro do conselho geral e de supervisão, o órgão de fiscalização da instituição bancária.

 

Mexia ficou na administração quando os CEO eram Carlos Santos Ferreira e Nuno Amado, mas não ficará agora que Miguel Maya é o novo presidente executivo.

 

As novas propostas para a administração do BCP, onde o seu nome não se encontra, partem da Fosun, Sonangol e fundo de pensões da EDP, que juntos detêm 48,66% dos direitos de voto do banco.

 

Em Março, Mexia tinha colocado a eventual presença na administração nas mãos dos accionistas: "As decisões serão tomadas nos órgãos do BCP, pelos seus accionistas. O accionista do BCP é o fundo de pensões da EDP. Tomaremos a decisão tendo em conta o que são os interesses do BCP".

 

Na altura, o gestor quis deixar claro que a eventual saída, que se concretizou, não se devia à investigação judicial às alegadas rendas na área da energia, processo em que foi constituído arguido.

 

"Nada disto tem a ver com uma questão pessoal, nem nenhuma coisa que tenha a ver com alguma consideração no que diz respeito à minha pessoa, mas sim com decisões que nós temos de tomar no contexto de decisões do BCP", assinalou, referindo as mais apertadas regras de "governance", nomeadamente de dimensão do conselho de administração.

Mais saídas

Também Carlos Silva, que foi chamado como testemunha no âmbito da Operação Fizz, já tinha anunciado que não iria continuar em funções, o que se confirma nas listas propostas.

 

De saída do conselho de administração estão vários nomes, nomeadamente o presidente da administração, António Monteiro. Nuno Amado será o próximo "chairman".

 

Álvaro Barreto, André Gomes, António Cardão, Jaime Bastos, João Loureiro e Raquel Vunge são os restantes elementos da administração que não são reconduzidos.

 

Da comissão executiva, José Iglésias Soares e Conceição Lucas são as saídas.

 
(Notícia actualizada às 8:38 com mais informação; actualizada às 15:42: João Resende já tinha abandonado funções no BCP; Título alterado: António Mexia esteve dez anos e não oito, como por lapso estava indicado no título)

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