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Faria de Oliveira: Investimento da CGD na La Seda teve “consequências graves”

O investimento da CGD no grupo espanhol La Seda teve “consequências graves”, admitiu Faria de Oliveira no Parlamento. O banqueiro justificou esta aposta com a “expectativa de ter um projecto estruturante em Portugal, a Artenius”, em Sines.

Miguel Baltazar
24 de Janeiro de 2017 às 18:29
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O investimento da Caixa Geral de Depósitos no grupo espanhol La Seda foi "muito ditado pela expectativa de ter um projecto estruturante em Portugal, a Artenius", hoje designada de Artlant, justificou Fernando Faria de Oliveira, antigo presidente do banco do Estado, na comissão parlamentar de inquérito à gestão da CGD. O banqueiro reconhece, no entanto, que "as suas consequências foram graves".

 

O gestor, que assumiu a liderança da Caixa mais de um ano depois de decidida a parceria com a La Seda em 2006 mas conhecia o grupo por ser responsável pela operação do banco em Espanha, defende que "a empresa era, na altura, uma boa empresa. Com um projecto de expansão talvez demasiado ambicioso", admitiu. Por outro lado, previa-se que a Artlant, projecto industrial sediado em Sines, vendesse 60% da sua produção à Galp Energia.

 

Faria de Oliveira recordou que a La Seda "só entrou em crise depois de 2008", devido à crise económica.

 

No total, a parceria da CGD com a La Seda, decidida durante o mandato liderado por Carlos Santos Ferreira, levou o banco do Estado a mobilizar quase 900 milhões de euros para os vários projectos daí resultantes. A Caixa investiu 121,3 milhões na La Seda e financiou a empresa em 75 milhões; na Artlant entrou com 25 milhões e reclama créditos de 520 milhões.

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