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Ex-presidente diz que é preciso "eliminar" dúvidas sobre qualidade da gestão da CGD
Faria de Oliveira foi à comissão de inquérito pedir para que se retirem as dúvidas sobre a qualidade dos administradores do banco público.
O ex-presidente da Caixa Geral de Depósitos, Fernando Faria de Oliveira, espera que a comissão de inquérito retire quaisquer dúvidas sobre quem presidiu à instituição financeira.
"Que se aproveitem os trabalhos desta comissão de inquérito para eliminar quais dúvidas, não só sobre a capacidade da CGD para continuar a cumprir as suas missões, mas também sobre a qualidade da gestão da instituição", defendeu Faria de Oliveira na audição desta terça-feira, 24 de Janeiro.
Segundo o agora presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), a gestão da CGD foi "servida ao longo dos anos por grandes profissionais, quer a nível do seu conselho de administração, quer da alta direcção e restantes quadros e colaboradores".
"É fundamental que a banca não seja sistematicamente posta em causa. E que o trabalho de escrutínio que está a ser realizado pelo Parlamento contribua para uma Caixa mais forte", concluiu também Faria de Oliveira na intervenção inicial, dirigindo-se aos deputados.
Faria de Oliveira foi o presidente executivo do banco público entre 2008 e 2011, tendo sido antecedido por Carlos Santos Ferreira. O seu sucessor foi José de Matos.
Este é precisamente um ponto que separa a direita e a esquerda. O PSD e CDS querem respostas sobre o banco público para que se retirem dúvidas sobre a gestão da CGD, o PS, BE e PCP, que se opuseram à constituição da comissão de inquérito, acreditam que o escrutínio a um banco em funcionamento pode intensificar essas dúvidas.