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Faria de Oliveira: Vale de Lobo foi vítima da crise mas “ainda pode gerar muito valor”

Faria de Oliveira defende que a rentabilização do investimento da Caixa em Vale de Lobo foi posta em causa pela crise económica. O antigo líder da CGD não se pronunciou sobre a decisão de investir no projecto. Mas defendeu que “ainda pode gerar muito valor”.

Miguel Baltazar
24 de Janeiro de 2017 às 17:55
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"A primeira causa" para o fracasso da aposta da Caixa Geral de Depósitos no empreendimento de Vale de Lobo "é a crise", defendeu o antigo presidente da instituição, Fernando Faria de Oliveira, na comissão parlamentar de inquérito à CGD. Para o gestor, este projecto "ainda pode gerar muito valor".

 

O banqueiro começou por recusar falar especificamente deste projecto, que a Caixa financiou como banco e accionista, na sequência de uma decisão tomada no mandato do anterior presidente do banco público, Carlos Santos Ferreira. E defendeu que este caso é equiparável ao de "empreendimentos de particular relevância na economia de um país, projectos quase considerados estrela numa determinada actividade".

 

Para Faria de Oliveira, a aposta em Vale de Lobo foi penalizada pelo facto de a Irlanda, país de origem de grande parte dos clientes daquele projecto, "ter tido uma crise ainda maior" do que a que se verificou a nível internacional. "A procura desaparece. É essa a causa para este tipo de situações. O ‘débacle’ da situação é uma mudança de circunstâncias. O que gera as imparidades é a evolução da economia e o seu impacto. A primeira causa é a crise porque desaparece mercado", defendeu o gestor.

 

Em resposta às perguntas dos deputados do CDS e do PCP, João Almeida e Miguel Tiago, o banqueiro garantiu: "não conheço as circunstâncias em que foi decidido esse projecto".

 

Já sobre a forma como a sua equipa de administração geriu este dossiê, Faria de Oliveira revelou que tentou "encontrar soluções que permitissem minorar o prejuízo que estava a ocorrer, com uma reestruturação imediata da gestão, indicando um gestor da CGD".

 

Além disso, "foram parados projectos que estavam em execução", tentou-se "encontrar compradores nos mercados internacionais" e foi-se "extremamente rigoroso nos financiamentos para desenvolver" o resto do projecto.

 

Tendo em conta a situação actual, e o facto de haver mais procura para este tipo de projectos, Faria de Oliveira acredita que Vale de Lobo "ainda pode gerar muito valor" para a Caixa.

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