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Elisa Ferreira: "Falta estabilizar o Montepio"

Falta estabilizar o Montepio e concluir a venda do Novo Banco, avisou Elisa Ferreira, no Parlamento. A candidata a vice-governadora do Banco de Portugal assinalou ainda a necessidade de os bancos limparem o malparado dos seus balanços.

Miguel Baltazar
27 de Junho de 2017 às 14:45
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"Falta estabilizar um banco que não é sistémico, mas que é prioritário, que é a Caixa Económica Montepio Geral", avisou Elisa Ferreira, administradora do Banco de Portugal, na audição na comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA) que precede a sua promoção a vice-governadora.

Elisa Ferreira fez um balanço das medidas de estabilização adoptadas pelo Banco de Portugal no último ano, depois de ter entrado para a administração e ter assumido o pelouro da supervisão bancária. Se no caso da CGD, BCP e BPI, a administradora dá por concluído o processo de estabilização, relativamente ao Novo Banco recordou que "falta terminar a venda" desta institiuição. Mas a responsável para a fiscalização está confiante de que será possível "finalizar operação".

Se no caso da situação individual das instituições financeiras a administradora do Banco de Portugal dá o trabalho de estabilização por praticamente concluído, o mesmo não acontece com a limpeza dos balanços dos bancos de crédito malparado e activos não rentáveis.

 

"Temos aqui a grande razão da quebra da rentabilidade", sublinhou Elisa Ferreira, assinalando que é neste aspecto que a banca portuguesa compara pior com o sector europeu. "Há necessidade de acelerar a limpeza desses balanços. É um problema dos accionistas e não do Estado e do Governo", avisou, adiantando que o Banco de Portugal está a "trabalhar com o Governo e com a Unidade Capitalizar para criar o enquadramento para que o processo decorra com celeridade".

 

Ainda assim, Elisa Ferreira revelou que no segundo semestre de 2016 já se reduziu o valor dos activos não rentáveis ("non performing loans" ou NPL, na sigla inglesa) em 3,5 mil milhões de euros. "Só nas exposições a sociedades não financeiras o valor dos NPL caiu 3 mil milhões de euros, o equivalente a uma redução de 8,9%".

 

Apesar da evolução verificada a nível de cada um dos bancos sistémicos e na redução do malparado, a futura vice-governadora avisa que "o esforço já realizado não permite dizer que a situação está totalmente normalizada. Está quase normalizada, mas os riscos persistem. A recuperação da economia permite a melhoria das perspectivas para o negócio e libertação dos activos não produtivos".


(Notícia actualizada às 14:55)

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