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CGD coloca dívida de 500 milhões com juro de 5,75%

A Caixa Geral de Depósitos concluiu a emissão de dívida que põe termo ao plano de capitalização iniciado no ano passado. Foram colocados 500 milhões de euros, com uma taxa de juro de 5,75%.

Entrou na CGD após a passagem polémica de António Domingues. Lidera o banco recapitalizado, que tem de reduzir pessoal e balcões.
21 de Junho de 2018 às 15:10
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A Caixa Geral de Depósitos concluiu a emissão de 500 milhões de euros em obrigações subordinadas, operação que fecha o plano de capitalização iniciado no ano passado. A taxa de juro associada é de 5,75%, segundo avança a agência Bloomberg com base numa fonte familiarizada com o processo.

 

Houve procura de mais de 800 milhões de euros, sendo que foram colocados 500 milhões. A CGD precisava de 430 milhões para concluir a capitalização. Ao todo, e desde o ano passado, foram 930 milhões em dívida subscritos por privados, enquanto a injecção pública ascendeu a 3,9 mil milhões.

 

As obrigações subordinadas, que estão classificadas para contar para o capital Tier 2, têm um vencimento a 10 anos. A taxa de juro de 5,75% é para os primeiros cinco anos, ao fim dos quais a taxa pode sofrer alterações porque depende da evolução do mercado, de acordo com as informações da Bloomberg.

 

A emissão ocorreu depois de três dias de "roadshow", por Lisboa, Paris e Londres, tendo sido para o efeito contratados o BNP Paribas, o Bank of America Merril Lynch, o Crédit Agricole, o Credit Suisse e o Unicredit. 

 

Na emissão de dívida perpétua AT1 do ano passado, em que foram colocados 500 milhões de euros em privados no âmbito de processo, a CGD teve de suportar um custo de 10,75%. 

 

Menos custos

À partida, esta segunda emissão do plano de capitalização também deveria ser em dívida perpétua enquadrada no capital Additional Tier 1, considerada mais arriscada, por ser a primeira a enfrentar perdas em caso de problemas - e por isso mais cara.

Contudo, a CGD conseguiu negociar com a Comissão Europeia e baixar o risco para Tier 2. O que iria logo reduzir o custo de financiamento. O que se efectivou. 

 

As novas obrigações ficarão cotadas no Luxemburgo, tal como aconteceu na primeira emissão.

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