Notícia
Novo Banco avança com emissão de 400 milhões de dívida subordinada
O principal objectivo passa por recomprar títulos detidos pelos obrigacionistas do banco.
Depois da Caixa Geral de Depósitos ter concluído a operação de recapitalização com a emissão de 500 milhões de euros em dívida subordinada, o Novo Banco avançou com uma operação semelhante, com o objectivo de encaixar 400 milhões de euros.
Em comunicado, o banco liderado por António Ramalho diz que deu hoje início ao "roadshow para emissão de até 400 milhões de euros de instrumentos de dívida subordinada, assim como uma oferta de aquisição e de troca de obrigações sénior do grupo", estando já agendadas "reuniões com investidores institucionais em Lisboa e Londres". O encontro com investidores portugueses (bancos, fundos, seguradoras) acontece já hoje depois das 13:00, estanod marcadas reuniões em Londres para os primeiros dois dias da próxima semana.
Os títulos a emitir, que estão classificadas para contar para o capital Tier 2, têm uma maturidade de 10 anos e uma call option no 5º aniversário da data da emissão.
Esta emissão de títulos tem como principal objectivo a troca de obrigações sénior, sendo que para o efeito o Novo Banco reserva um "valor mínimo indicativo de 250 milhões de euros".
A oferta prevê um "adicional em 'cash' para detentores de obrigações cuja procura exceda a oferta" e a "colocação em mercado das restantes obrigações com um montante mínimo de 100 milhões de euros".
"A troca das obrigações sénior por instrumentos de dívida subordinada e a aquisição dessas obrigações permitirá ao Novo Banco melhorar sua estrutura de capitais optimizando os seus rácios de total capital e ajustar a sua estrutura de financiamento com redução de encargos com juros".
Não são ainda conhecidas mais condições da emissão, nomeadamente o prazo dos títulos e a taxa de juro, sendo que operação terá o montante de troca definido a 28 de Junho e será concluída a 29 de Junho.
Para colocar 500 milhões de euros, a Caixa pagou uma taxa de juro de 5,75%, sendo que os títulos emitidos pelo banco público têm uma maturidade de 10 anos.
O Novo Banco já tinha efectuado uma operação de troca de títulos de dívida, no âmbito do processo de venda da instituição à Lone Star, sendo que agora avisa que "não pretende efectuar mais recompras de obrigações sénior através de operações open market, ofertas de aquisição ou ofertas de troca das obrigações sénior nos próximos 24 meses".
Esta será assim a última oportunidade dos detentores de dívida do Novo Banco trocarem os títulos em carteira, sendo que o banco liderado por António Ramalho adianta que "a oferta confere aos detentores das obrigações que sejam elegíveis uma alternativa de liquidez antes da data de maturidade das obrigações abrangidas pela oferta e/ou oportunidade de reinvestimento em novos instrumentos de dívida subordinada a ser emitida pelo banco".