O CDS-PP congratulou-se com o resgate no Banco Espírito Santo e considera que a injecção de 4,9 mil milhões de euros foi a melhor solução encontrada.

"A medida tomada pelo Banco de Portugal é a mais aceitável", disse o centrista Diogo Feio em conferência de imprensa esta segunda-feira, 4 de Agosto.

A reacção do CDS vai assim de encontro à do seu parceiro de coligação no Governo, o PSD, que também defendeu a solução encontrada para o BES.

Das três possíveis medidas em cima da mesa para aplicar ao banco, esta foi a melhor, sublinhou o CDS.

A primeira, a nacionalização, iria implicar "que os contribuintes pagassem o prejuízo, o que seria um erro grave e injusto".

A segunda, a recapitalização pública, está "muito limitada pelas regras europeias" e pode indicar a possibilidade do "Estado participar nos prejuízos, o que representa riscos para os contribuintes", apontou.

Por último, a medida de resolução encontrada permite "proteger todos os depositantes independentemente dos valores dos depósitos e responsabiliza os accionistas, proteger a sério os contribuintes".

Outras vantagens deste sistema é que "além de manter a actividade do banco e dos seus trabalhadores" vai possibilitar a continuação do "crédito à economia", defendeu Diogo Feio.

O CDS não comentou a possibilidade da ministra das Finanças ser ouvida na Assembleia da República sobre o resgate ao BES. A oposição já pediu em uníssono a presença de Maria Luís Albuquerque no Parlamento para falar da injecção de 4,9 mil milhões de euros.

Também o PSD revelou esta segunda-feira que não vai colocar entraves à audição da ministra perante os deputados.