Notícia
CaixaBank satisfeito com desblindagem quer "ajudar" BPI
O banco catalão "avalia positivamente" a decisão da assembleia-geral do BPI, que permite avançar com a OPA, "que representa um forte compromisso de investimento com Portugal".
O CaixaBank está satisfeito com a desblindagem dos estatutos do Banco BPI. A decisão permite avançar com a oferta pública de aquisição. Segundo o líder do banco catalão, o banco português fica melhor preparado para cumprir as exigências.
"Estamos dispostos a assumir o controlo do BPI para ajudar a instituição a enfrentar com garantias os futuros desafios do sector financeiro português e as exigências regulatórias", diz Gonzalo Gortázar, presidente executivo do CaixaBank, num comentário enviado às redacções.
Na assembleia-geral desta quarta-feira, e naquela que foi a terceira reunião a debruçar-se sobre o tema, foi colocado um ponto final à blindagem dos estatutos, ou seja, acabaram os limites de 20% dos direitos de voto. Isabel dos Santos, com 18,6% do BPI, absteve-se nesta votação, permitindo a sua aprovação.
"O CaixaBank avalia positivamente a decisão dos accionistas do BPI de eliminar as restrições aos direitos de voto, uma vez que dará estabilidade à entidade, ao permitir aplicar o princípio de uma acção, um voto, em linha com as melhores práticas de governo corporativo", indica Gonzalo Gortázar.
Tiago Violas, da Violas Ferreira Financial, que tem 2,7% do BPI, tem criticado este argumento, argumentando que o CaixaBank sabia que, ao ter 45% do banco, só poderia votar até 20%. Mesmo assim, o accionista acabou por anunciar que iria retirar as providências cautelares que permitiram votar a desblindagem nas reuniões de 22 de Julho e 6 de Setembro.
O grupo catalão, cujo maior accionista é a fundação La Caixa, espera prosseguir com a OPA, "que representa um forte compromisso de investimento com Portugal". "Esta decisão da assembleia-geral permitirá seguir com uma operação que estamos convencidos de que é o melhor para o futuro da entidade e de todos os seus accionistas".