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Violas defende que CMVM deve mandar avaliar BPI

A CMVM deve mandar avaliar o BPI e verificar se o preço da OPA do CaixaBank permite que “todos os accionistas sejam tratados de forma equitativa”, defende Tiago Violas Ferreira. Independentemente da decisão, os Violas vão vender posição no BPI.

Paulo Duarte
21 de Setembro de 2016 às 15:37
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"A CMVM deve retirar algumas responsabilidades dos ombros, mandando fazer uma avaliação dos activos alvo da OPA e do perímetro do BPI no momento em que a OPA foi anunciada", defende Tiago Violas Ferreira, administrador da Vilas Ferreira Finance, maior accionista português do BPI.

 

Para os Violas, que tentaram travar a oferta do CaixaBank através da providência cautelar destinada a impedir a votação da desblindagem de estatutos - por considerarem baixo o preço oferecido pelos catalães (1,113 euros por acção) -, o supervisor deve pedir a um auditor independente que fixe o valor da contrapartida. Até porque, com o fim do limite de votos aprovado esta quarta-feira, 21 de Setembro, a OPA do CaixaBank passa a ter carácter obrigatório, já que o grupo passa a ter 45% dos direitos de voto, contra os anteriores 20%.

 

"Faço votos para que a CMVM faça o seu trabalho e que todos os accionistas sejam tratados de forma equitativa", apela Tiago Violas Ferreira, em declarações ao Negócios.

 

Para a Violas Ferreira Finance, que tem 2,7% do BPI, a eliminação do limite de votos foi possível graças à abstenção de Isabel dos Santos, depois de o CaixaBank ter dado uma linha de crédito a Angola no valor de 400 milhões de euros e de o BPI ter proposto vender à Unitel, operadora angolana controlada pela empresária, 2% do BFA, contra o pagamento de 28 milhões de euros.

 

"Estes negócios são muito complexos. E é difícil distinguir entre os fluxos financeiros destes negócios e as posições das diferentes partes envolvidas", alerta o administrador da Violas Ferreira Finance. Daí que o empresário apele à CMVM para avaliar as suas implicações na contrapartida da OPA do CaixaBank sobre o BPI.

 

Violas vão vender na OPA

 

Independentemente da posição final da CMVM, a "holding" dos Violas, que tem 2,7% do BPI, vai vender a sua posição na OPA do CaixaBank.

 

"Vamos vender, não temos alternativa", revela Tiago Violas Ferreira. "Não podemos ficar minoritários de uma sucursal de um banco espanhol em Portugal", justifica o empresário.

 

"Vamos seguir o nosso caminho e usar o dinheiro da OPA para voltar a investir na economia portuguesa, em função das oportunidades que surgirem. Queremos contribuir para a economia portuguesa", sublinha Tiago Violas Ferreira.

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