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Já começou assembleia-geral decisiva para o futuro do BPI

Os accionistas estão novamente reunidos em Serralves para uma assembleia-geral decisiva para o futuro do BPI. O encontro de quarta-feira começou com quase meia hora de atraso.

Fernando Ulrich, presidente executivo do BPI, é o 33.º Mais Poderoso de 2016.
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Já começou a assembleia-geral do BPI em Serralves, uma reunião decisiva para o futuro do banco em que deverá ser votada a desblindagem dos estatutos. 

 

Apesar de duas providências cautelares, interpostas pelo grupo Violas Ferreira, é provável que seja finalmente aprovada a desblindagem dos estatutos que está a travar o desenrolar da OPA do CaixaBank. 

 

Há duas semanas a AG foi suspensa pela segunda vez desde Julho deste ano. A reunião de accionistas decorre quando, na Bolsa de Lisboa, está impedida a negociação de acções do BPI, conforme tem decidido a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) nestes dias.


Isto porque esta quarta-feira, 21 de Setembro, continuam os trabalhos da assembleia-geral iniciada a 22 de Julho e que já teve um segundo dia de encontro a 6 de Setembro. A votação do fim do limite de 20% imposto aos direitos de voto que impede ao CaixaBank de votar com a sua participação de 45% é o ponto na ordem dos trabalhos. O fim deste limite, ou seja, a chamada desblindagem dos estatutos, é uma condição essencial para que avance a oferta pública de aquisição lançada pelos catalães.

 

Há duas propostas em cima da mesa: a da administração, que está presa por uma providência cautelar imposta pelo grupo Violas; a do grupo Violas, visando também a desblindagem. A primeira, por ter sido proposta pela administração, tem regras para a aprovação mais facilitadas mas a ausência de decisão judicial tem impedido a sua votação. O grupo Violas, que tem 2,7% do BPI, admitiu em entrevista ao Negócios que a OPA acabará por avançar - ou seja, terá antes de haver a desblindagem.

 
Entretanto, o Banco Central Europeu já veio a terreiro forçar uma solução na instituição financeira na reunião de hoje, que leve a um entendimento entre os accionistas.

 

O BPI tem uma proposta em cima da mesa para um acordo com a Santoro, de Isabel dos Santos, com 18,6%: a administração de Santos Silva admite vender 2% do Banco do Fomento de Angola (BFA) à Unitel, também da empresária angolana, perdendo o controlo daquele banco em Angola. Em troca, o BPI recebe 28 milhões e a aprovação da Santoro para a desblindagem. Também assim o BPI consegue responder ao BCE, que obriga a uma redução da exposição a Angola.

 

Santoro sem representante habitual

 

Ao contrário do que tem acontecido, Mário Leite da Silva não está na assembleia-geral desta quarta-feira. O representante da Santoro faltou "por razões profissionais".

É José Miguel Júdice que responde na reunião pela segunda maior accionista do BPI. Ao Negócios, o advogado afirmou esperar uma solução hoje.


(Notícia actualizada às 10:45 com mais informações)

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