O BPI exige receber "pontualmente" o pagamento de 30 milhões de dólares (26,8 milhões de euros, ao câmbio actual) que a Unitel ainda tem em dívida e que diz respeito ao negócio de compra de acções do Banco de Fomento Angola, acordado em 2008. Em causa está a última prestação da transacção, cujo pagamento foi realizado em oito anos.

A Unitel afasta a tese de que está em dívida para com o BPI. Segundo fonte da operadora angolana, "a Unitel tem cumprindo religiosamente os pagamentos acordados em 2008", data em que foi "estruturado um operação financeira" que previa o pagamento faseado de 275 milhões de dólares. De acordo com a mesma fonte, os 30 milhões em causa serão pagos até final do ano, tal como está previsto no acordo então estabelecido.

De acordo com a proposta de venda de 2% do BFA, enviada esta terça-feira à Unitel, o BPI impõe como condição desta operação que, a 9 de Dezembro próximo, tenha "lugar o pagamento (…) do valor de 30 milhões de dólares", previsto no acordo de compra e venda de acções do BFA celebrado a 9 de Dezembro de 2008.

O banco liderado por Fernando Ulrich sublinha que, "no caso de tal pagamento não ser feito pontualmente", assistem ao BPI "os direitos e faculdades previstos" no contrato de promessa e venda.