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BPI teve prejuízos de 122,3 milhões devido a Angola

O BPI registou prejuízos de 122,3 milhões de euros no primeiro trimestre, contra lucros de 45,8 milhões em Março do ano passado. Sem o impacto da venda de 2% do BFA, banco teria tido resultados de 90 milhões.

Ricardo Castelo/Negócios
26 de Abril de 2017 às 19:04
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O BPI registou prejuízos de 122,3 milhões de euros no primeiro trimestre, contra lucros de 45,8 milhões no final de Março do ano passado. Os resultados negativos resultaram da venda do controlo do Banco de Fomento Angola, cujo impacto negativo totalizou 212,3 milhões.

 

Sem este efeito extraordinário, o banco, que esta quarta-feira passou a ser liderado por Pablo Forero, teria tido lucros de 90 milhões de euros. Mais de metade deste valor foi gerado pelas operações internacionais, em particular os 48% do BFA, que contribuíram com 46,2 milhões. Já a actividade doméstica gerou 43,8 milhões de resultados.

 

Este é o primeiro trimestre em que o BPI apresenta contas sem controlar a maioria do BFA. Ajustando as contas do ano passado a esta transacção, a margem financeira subiu 6,3%, para 95,2 milhões. Um aumento que foi mais do que anulado pelo impacto negativo daquela transacção e que colocou o produto bancário em valores negativos (0,5 milhões de euros).

 

Os custos operacionais corrigidos da alienação mantiveram-se praticamente inalterados, em 124,7 milhões. Este valor inclui 7,2 milhões de gastos extraordinários "correspondentes a 32 reformas antecipadas, das quais 10 foram concretizadas no primeiro trimestre de 2017 e as restantes 22 serão realizadas até final de 2017", refere o BPI em comunicado publicado no site da CMVM. Além disso, nos primeiros três meses do ano foram ainda contabilizadas "indemnizações relativas à sucursal de França de 3,5 milhões de euros".

 

Já as imparidades e provisões tiveram um impacto positivo nas contas, já que, em termos líquidos, geraram quase 10 milhões de resultados. Este efeito positivo resultou, na actividade doméstica, da "reversão de imparidades decorrentes da venda de imóveis obtidos por recuperações de crédito", justifica a instituição.


 

Em termos de negócio doméstico, os depósitos aumentaram 5,6%, para 19,9 mil milhões, enquanto o crédito a clientes teve uma subida marginal de 0,3%, para 22,7 mil milhões.



(Notícia actualizada pela última vez às 19:29)
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