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BCP não viu razões para saída de Mexia e de Carlos Silva

Nuno Amado empurra novidades sobre administração para a assembleia-geral que se irá realizar em Maio.

Miguel Baltazar
14 de Fevereiro de 2018 às 18:18
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Não há razões para as saídas de António Mexia e de Carlos Silva da administração do Banco Comercial Português (BCP), cujos nomes têm estado associado a processos judiciais. Foi essa a conclusão a que o banco chegou, depois de avaliar as notícias em torno dos processos judicias

 

"O banco tem uma comissão que acompanha estes temas de ‘governance’, analisou a situação com base nas informações disponíveis e tirou os esclarecimentos que devia tirar", respondeu Nuno Amado esta quarta-feira, 14 de Fevereiro, quando questionado sobre o impacto destas investigações.

 

Segundo o líder executivo do BCP, "considerou-se, face aos factos conhecidos, que não havia nenhuma razão para que dois administradores que têm tido um papel tão relevante no banco não pudessem continuar a dar esse contributo".

 

Daí que não tenha havido alterações no conselho de administração, cujo mandato terminou no final do ano passado. Aliás, Nuno Amado afirmou que esse é um facto que será "objecto de decisão para a próxima assembleia-geral", que se realiza em Maio.

 

"Não faria sentido fazer uma alteração, há uma continuidade até à própria assembleia-geral. E bem, porque o banco está num caminho e num percurso", frisou Nuno Amado, na conferência de imprensa de apresentação de resultados de 2017, ano em que banco multiplicou por mais de sete os seus lucros.

 

Carlos Silva é vice-presidente do BCP e António Mexia, que preside à accionista EDP é administrador. O primeiro tem sido referido na Operação Fizz, enquanto Mexia está sob investigação pelas alegadas rendas acordadas pela EDP com o Estado.

 

Nuno Amado lançou inúmeros elogios a Carlos Silva, dizendo que inclusivamente esta quarta-feira participou na reunião do conselho de administração de apresentação de contas e mencionou o seu contributo importante para, por exemplo, o plano de reestruturação que esteve em vigor no ano passado.

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