Notícia
BCP não viu razões para saída de Mexia e de Carlos Silva
Nuno Amado empurra novidades sobre administração para a assembleia-geral que se irá realizar em Maio.
Não há razões para as saídas de António Mexia e de Carlos Silva da administração do Banco Comercial Português (BCP), cujos nomes têm estado associado a processos judiciais. Foi essa a conclusão a que o banco chegou, depois de avaliar as notícias em torno dos processos judicias
"O banco tem uma comissão que acompanha estes temas de ‘governance’, analisou a situação com base nas informações disponíveis e tirou os esclarecimentos que devia tirar", respondeu Nuno Amado esta quarta-feira, 14 de Fevereiro, quando questionado sobre o impacto destas investigações.
Segundo o líder executivo do BCP, "considerou-se, face aos factos conhecidos, que não havia nenhuma razão para que dois administradores que têm tido um papel tão relevante no banco não pudessem continuar a dar esse contributo".
Daí que não tenha havido alterações no conselho de administração, cujo mandato terminou no final do ano passado. Aliás, Nuno Amado afirmou que esse é um facto que será "objecto de decisão para a próxima assembleia-geral", que se realiza em Maio.
"Não faria sentido fazer uma alteração, há uma continuidade até à própria assembleia-geral. E bem, porque o banco está num caminho e num percurso", frisou Nuno Amado, na conferência de imprensa de apresentação de resultados de 2017, ano em que banco multiplicou por mais de sete os seus lucros.
Carlos Silva é vice-presidente do BCP e António Mexia, que preside à accionista EDP é administrador. O primeiro tem sido referido na Operação Fizz, enquanto Mexia está sob investigação pelas alegadas rendas acordadas pela EDP com o Estado.
Nuno Amado lançou inúmeros elogios a Carlos Silva, dizendo que inclusivamente esta quarta-feira participou na reunião do conselho de administração de apresentação de contas e mencionou o seu contributo importante para, por exemplo, o plano de reestruturação que esteve em vigor no ano passado.