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Barroso vai ajudar Goldman Sachs no Brexit: "Se o meu conselho for útil, estou pronto a contribuir"

O antigo presidente da Comissão Europeia, que fez declarações ao Financial Times, vai ajudar o Goldman Sachs a lidar com as consequências da saída do Reino Unido da União Europeia.

08 de Julho de 2016 às 14:37
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Nas primeiras declarações a um meio de comunicação social depois de ser conhecida a sua indicação para "chairman" não executivo do Goldman Sachs International, Durão Barroso diz que vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance para "mitigar os efeitos" do Brexit na actividade do banco sedeado em Londres.

 

"É claro que conheço bem a União Europeia, também conheço relativamente bem o ambiente do Reino Unido. (…) Se o meu aconselhamento puder ajudar nestas circunstâncias, estou pronto a ajudar, é claro", afirmou esta sexta-feira, 8 de Julho, o antigo presidente da Comissão Europeia e ex-primeiro-ministro, citado pelo Financial Times.

 

O contributo de Durão – que, enquanto presidente da Comissão, passou pela crise económica e financeira de 2008 que desencadeou uma série de falências no sector bancário e a reconstituição de todo o edifício de regulação da área financeira – será tanto mais importante quando o Goldman Sachs International pode ser forçado a rever a sua presença física em Londres caso o Reino Unido perca o acesso ao mercado único europeu após as negociações com Bruxelas.

 

"Não sabemos exactamente qual será o resultado das negociações", afirmou o antigo líder social-democrata, para quem a questão do "passporting" – reconhecimento na UE das licenças bancárias obtidas no Reino Unido - "é uma das mais difíceis e sensíveis da negociação".

 

"O que tenho a certeza é que será inteligente ter uma negociação justa dos dois lados. (…) Ninguém ganha com confrontos", acrescentou.

Na entrevista que concedeu à SIC e ao Expresso em Maio, Barroso tinha afirmado que iria abandonar a vida política e começar a trabalhar no sector privado. Vai agora ingressar num banco que conta e já contou nos seus quadros com vários nomes ligados ao PSD, como José Luis Arnaut, Carlos Moedas ou António Borges.

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