Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

76.000 pedem que Durão Barroso perca reforma da Comissão

O facto de o ex-presidente da Comissão Europeia ter aceitado um novo cargo no Goldman Sachs justifica a petição, assinada por mais de 76 mil pessoas. A mesma será entregue no final de Setembro.

Bloomberg
29 de Agosto de 2016 às 17:13
  • ...

Mais de 76 mil pessoas já assinaram uma petição a exigir que José Manuel Durão Barroso perca a sua reforma como ex-presidente da Comissão Europeia. Em causa está o cargo aceite pelo português no Goldman Sachs.

A petição online foi organizada por um grupo de trabalhadores da União Europeia, que acusam Durão Barroso de um comportamento "irresponsável" e "moralmente repreensível" por decidir juntar-se ao banco de investimento americano como presidente não executivo.


Os responsáveis por esta petição – que receberá assinaturas até ao final de Setembro - consideram "desrespeitoso" a opção do português, acrescentando que a mesma contribui para acentuar posições anti-europeístas.


É pedida ainda a suspensão de todos os possíveis títulos honorários relacionados com as instituições europeias. O documento será enviado ao presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, e ao presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz.


Entre as suas funções, o antigo presidente da Comissão Europeia irá aconselhar clientes do banco a lidar com a decisão do Reino Unido em abandonar a União Europeia, processo conhecido como Brexit.


O jornal The Guardian dá ainda conta que um sindicato de pessoal da União Europeia, que representa dois mil trabalhadores, escreveu a Jean-Claude Juncker a criticar a nomeação de Durão Barroso para o Goldman Sachs.


Durão Barroso começou no Goldman Sachs em Julho, 20 meses após ter abandonado a liderança da Comissão Europeia, onde esteve dez anos. Tecnicamente foi respeitado o período de transição de 18 meses imposto pelas instituições europeias.


É esse o argumento invocado pelo porta-voz da Goldman Sachs ao The Guardian. "Seguimos as regras estabelecidas pelos reguladores globais na contratação de ex-funcionários governamentais. José Manuel [Durão Barroso] assumiu o papel após um período de restrição de 18 meses após o final de seu mandato na Comissão Europeia, um período mais longo do que o imposto pela maioria das instituições europeias", reagiu.

Ver comentários
Saber mais José Manuel Durão Barroso Goldman Sachs União Europeia Jean-Claude Juncker Donald Tusk Martin Schulz The Guardian Comissão Europeia política economia negócios e finanças orçamento do estado e impostos
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio