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Merkel recusa "cherry picking" na saída do Reino Unido

A chefe do Governo alemão espera pela escolha do sucessor de Cameron em Downing Street para que se inicie o processo formal de desvinculação do Reino Unido da UE. E voltou a deixar apelos aos países do sul do euro.

Reuters/Yves Herman
Negócios 10 de Julho de 2016 às 21:43
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A chanceler alemã está contra a negociação selectiva da saída do Reino Unido da União Europeia e voltou a negar a possibilidade de conversações prévias à formalização do seu processo de desvinculação.

"Falámos com o Reino Unido e deixámos claro que não haverá negociações até que façam o pedido, e não haverá ‘cherry picking’ [negociação selectiva]," disse Angela Merkel em entrevista ao canal alemão de televisão ZDF.

A líder do governo alemão disse ainda esperar que Londres invoque formalmente o artigo 50.º (que estabelece os procedimentos de saída de um Estado-membro da União) assim que seja encontrado substituto para o primeiro-ministro David Cameron, processo que deverá estar concluído no início de Setembro.

"A decisão foi tomada e o próximo passo é – e o Reino Unido apenas o fará quando tiver um novo primeiro-ministro – invocar o artigo 50.º. Eu espero que isso aconteça. Eu lido com a realidade e espero que esse processo se inicie", afirmou.

A partir do momento em que o processo é desencadeado, seguem-se dois anos de negociações e aplicação dos termos negociados para que a desvinculação seja efectiva. Duas mulheres posicionam-se na sucessão a Cameron à frente do partido conservador e de Downing Street: as ministras do Interior Theresa May (favorita, que já deixou claro não ter pressa no pedido formal) e a da Energia, Andrea Leadsom.

Questionada sobre o desempenho económico de países do sul do euro, Angela Merkel repetiu os apelos à realização de reformas estruturais e à continuação da disciplina orçamental, noticia a Reuters.
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