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Associações de clientes com papel comercial do GES vão à comissão de inquérito esta quinta-feira

A audição ao presidente da Deloitte já não é na quinta-feira. Não são avançados motivos mas continua sem conhecer-se a auditoria forense feita por esta entidade ao BES. Assim, nesse dia, são ouvidas as associações de quem comprou papel comercial do GES.

Bruno Simão
16 de Fevereiro de 2015 às 14:37
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Numa altura de polémica em relação ao pagamento de papel comercial do Grupo Espírito Santo pelo Novo Banco, a comissão parlamentar de inquérito vai receber responsáveis por associações de clientes do Banco Espírito Santo e de outros bancos do Grupo Espírito Santo que adquiriram papel comercial de sociedades falidas.

 

Na quinta-feira, pelas 16 horas, é ouvido Ricardo Ângelo, o presidente da Associação de Defesa dos Clientes Bancários Lesados, Investidores em Papel Comercial. Na sua generalidade, esta associação representa clientes do BES que investiram em papel comercial de sociedades do GES que se encontram em falência, a ESI e a Rioforte.

 

Esta associação – inicialmente conhecida por Lesados do Novo Banco – tinha já estado no início da audição de Eduardo Stock da Cunha, presidente do Novo Banco, para dar conta da sua posição. Nas últimas semanas, tem feito vários protestos, sendo que, na sexta-feira, esteve reunida com o Banco de Portugal.

 

Após esse encontro, o regulador emitiu um comunicado a dizer que não tem qualquer responsabilidade por assegurar o reembolso do investimento daqueles clientes. O que poderá acontecer é o pagamento de uma indemnização a clientes para manter a relação comercial. O reembolso esteve em cima da mesa porque, no início de 2014, o Banco de Portugal ordenou a constituição de uma provisão de 700 milhões de euros que garantisse aquele pagamento no BES – provisão que, após a resolução, ficou no banco "mau" e não no Novo Banco.

 

Os investidores que nunca receberam a intenção, por parte de qualquer entidade, do reembolso, foram os clientes de outras entidades financeiras do Grupo Espírito Santo que não o BES – como o caso do Banque Privée - que também adquiriram os mesmos títulos. São eles que, na sua grande maioria, são associados na ABESD - Associação de Defesa dos Clientes Bancários, que será representada na comissão parlamentar de inquérito por Luís Vieira, seu presidente, pelas 17h30 de quinta-feira.

 

Audição a auditoria forense adiada

 

Estas audições vão acontecer na próxima quinta-feira, 19 de Fevereiro, para quando estava agendada a audição de Luís Magalhães, presidente da Deloitte, a empresa responsável pela auditoria forense que passou a pente-fino as últimas acções do Banco Espírito Santo - que deveria ter sido concluída em Outubro passado. 

 

Não são indicadas razões para este adiamento da audição de Luís Magalhães. Contudo, a auditoria forense ainda não está publicada e o Banco de Portugal continua sem apontar para uma data em que sejam divulgadas as conclusões.

 

Esta terça-feira, 17 de Fevereiro, é ouvido Carlos Calvário, quadro do GES. No dia seguinte, é a  vez de João Moita, que já esteve no inquérito parlamentar a acompanhar Álvaro Sobrinho, do BES Angola. 

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