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António Costa: Intervenção no Banif "tem um custo muito elevado para os contribuintes"

António Costa reconheceu que a intervenção no Banif "tem custos muito elevados para os contribuintes, mas é a que melhor defende o interesse nacional". O primeiro-ministro criticou o anterior Governo por ter Estado nove meses a adiar um problema que sabia ter de resolver até ao final de Março.

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21 de Dezembro de 2015 às 00:16
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A venda do Banif, feita num contexto de resolução, "tem um custo muito elevado para os contribuintes, mas é a que melhor defende o interesse nacional", defendeu este domingo, 20 de Dezembro, o primeiro-ministro António Costa, depois de anunciada a intervenção na instituição.

 

"A solução protege integralmente todos os depósitos, incluindo as poupanças dos emigrantes clientes do Banif", sublinhou Costa.

 

O primeiro-ministro criticou ainda o anterior Governo e, implicitamente, o Banco de Portugal pelo facto de terem deixado arrastar a situação do Banif. "Há mais de um ano que as autoridades portuguesas foram notificadas que, após a rejeição de sucessivos planos de reestruturação, a Comissão Europeia fixou um último prazo até Março de 2015 para apresentação de um plano credível. Passados nove meses desta data limite nada estava solucionado".

 

António Costa sublinhou por diversas vezes os "elevados custos" desta solução. Mas também revelou que "esta opção tem a vantagem de constituir uma solução definitiva para o problema, não ficando o Estado português sujeito a perdas futuras". Aliás, o primeiro-ministro admite que ainda poderia haver "recuperação dos custos assumidos".

O Banif será alvo de uma injecção de capital de 2.255 milhões de euros, dos quais 489 milhões pelo Fundo de Resolução e 1.766 através de injecção directa do Estado. "As imposições das instituições europeias e a inviabilização da venda voluntária do Banif conduziram a que a alienação hoje decidida fosse tomada no contexto de uma medida de resolução", afirma o comunicado divulgado este domingo, 20 de Dezembro, pelo Banco de Portugal.

O mesmo documento explica que na passada sexta-feira, dia 19 de Dezembro, o Governo, através do Ministério das Finanças, informou o Banco de Portugal de que não foi possível concretizar a venda de activos e passivos do Banif no âmbito do processo de alienação voluntária. Isto porque "todas as propostas apresentadas pelos potenciais compradores implicavam auxílio de Estado adicional, o que determinou que a alienação fosse feita no contexto de resolução". Recorde-se que o banco recebeu seis manifestações de interesse.

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