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Advogado de Ricardo Salgado vai recorrer da prisão domiciliária

O advogado de Ricardo Salgado considera a prisão domiciliária, medida de coacção decidida para o seu cliente, como "bastante desproporcional" e anunciou que vai recorrer, em declarações aos jornalistas ao início de sábado.

25 de Julho de 2015 às 09:07
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Francisco Proença de Carvalho, que falava no exterior do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, disse que, no final do interrogatório a Ricardo Salgado, foram determinadas várias medidas de coacção, das quais "a mais relevante é a obrigação de permanência na habitação", de onde só pode sair "com autorização do meritíssimo juiz".

 

Depois de declarar que não ia fazer "grandes comentários, o advogado disse que, no seu entendimento, esta medida de coacção é "bastante desproporcional", acrescentando: "Com todo o respeito pelo Estado de Direito e pelas regras, vamos apresentar recurso".

 

O causídico adiantou que o ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES) se deslocou ao TCIC "voluntariamente, de forma bastante informal, como deve ser" e que "mais uma vez prestou declarações e deu os esclarecimentos que entende que deve dar, sempre com uma postura cooperante, voluntária e de estar presente perante a justiça, como esteve neste ano". Recordou a propósito que "já passou mais de um ano desde a saída do BES", garantindo que "é essa sempre a postura", de colaborar com a justiça.

 

Depois de repetir que "a postura [se] vai manter de colaboração [e] busca da verdade do que aconteceu no BES", Francisco Proença de Carvalho garantiu que "não aceita julgamentos sumários de ninguém".

 

No final das suas declarações aos jornalistas, ficou a frase: "As coisas não são como começam, mas como acabam", adiantando: "Já vi muitos casos assim".

 

Ricardo Salgado foi inquirido desde as 09h30 de sexta-feira, pelo juiz Carlos Alexandre, e já tinha sido interrogado e constituído arguido pelo Ministério Público, na segunda-feira, no âmbito da investigação "Universo Espírito Santo", segundo um comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR).

 

Segundo a mesma nota, no âmbito da investigação, "foram constituídos seis arguidos", estando "em causa a suspeita da prática de crimes de falsificação, falsificação informática, burla qualificada, abuso de confiança, fraude fiscal, corrupção no sector privado e branqueamento de capitais".

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