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Ricardo Salgado: Caução da Operação Monte Branco alargada ao caso BES
Os três milhões de euros que Ricardo Salgado teve de pagar há um ano para sair em liberdade na Operação Monte Branco serviram também, agora, como garantia na investigação ao Universo BES, noticia o Correio da Manhã.
O juiz de instrução, Carlos Alexandre, aceitou que a caução exigida como medida de coacção a Ricardo Salgado no âmbito da Operação Monte Branco, há um ano, servisse também de garantia agora, ao nível da investigação ao Universo BES, na qual foi constituído arguido.
A informação é avançada pelo Correio da Manhã desta terça-feira, 28 de Julho, que assinala também o facto de o ex-banqueiro ter sido ouvido pelo juiz no dia em que se completava um ano sobre a data da primeira constituição como arguido – no caso Monte Branco – e em que, lhe foi aplicada, como medida de coacção, a obrigação de pagar uma caução de três milhões de euros.
Tal como o Público já havia noticiado, o Ministério Público – Rosário Teixeira e José Ranito, os procuradores que têm o processo em mãos – solicitaram ao juiz que a caução já prestada fosse afectada ao caso BES. Carlos Alexandre, no entanto, além de aceitar acabaria por decretar também a prisão domiciliária, ainda que sem vigilância electrónica, por considerar que de outra forma não ficariam acautelados os perigos de fuga e de destruição de provas importantes para a investigação em curso.
O Ministério Público tem agora um ano, até 24 de Julho de 2015, para avançar com uma acusação contra Ricardo Salgado, caso contrário este deverá recuperar a liberdade, ainda que possa ser sujeito a outras medidas de coacção não restritivas da liberdade.
O antigo patrão do BES foi constituído arguido na passada sexta-feira, 24 de Julho, por factos susceptíveis de integrarem os crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, falsificação informática, branqueamento, fraude fiscal qualificada e corrupção no sector privado.