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Perigo de fuga e perturbação de inquérito determinaram prisão domiciliária para Salgado

A Procuradoria-Geral da República confirmou a prisão domiciliária, sem pulseira electrónica a Ricardo Salgado. E justificou pelo perigo de fuga. Salgado vai ficar sob vigilância apertada. O seu advogado já disse que ia recorrer. O caso já tem a ver com o Universo Espírito Santo.

25 de Julho de 2015 às 13:23
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Perigo de fuga, perigo de perturbação do inquérito e da aquisição e conservação da prova foram os fundamentos para o juiz Carlos Alexandre decretar a prisão domiciliária, sem pulseira electrónica, a Ricardo Salgado, de acordo com um comunicado emitido este sábado pela Procuradoria-Geral da República, que confirma as medidas de coacção já divulgadas pelo advogado do ex-banqueiro.

 

Nesse mesmo comunicado esclarece-se que Ricardo Salgado está "indiciado por factos susceptíveis de integrarem os crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, falsificação informática, branqueamento, fraude fiscal qualificada e corrupção no sector privado". E decorre no âmbito das investigações ao caso Universo Espírito Santo.

 

Ricardo Salgado foi constituído arguido neste caso na passada segunda-feira, tendo esta sexta-feira, 24 de Julho, sido ouvido pelo juiz Carlos Alexandre no Tribunal Central de Instrução Criminal, uma inquirição que decorreu das 9h30 até cerca das 22 horas.

 

Decorrido o interrogatório, foram aplicadas as medidas de coacção a Ricardo Salgado: "obrigação de permanência na habitação, sem sujeição a vigilância electrónica, dela não se podendo ausentar sem autorização do tribunal". O advogado do ex-banqueiro, Francisco Proença de Carvalho, já fez saber que irá recorrer desta medida de coacção.

 

"O juiz determinou a comunicação à PSP das medidas aplicadas, tendo solicitado a vigilância adequada a assegurar o cumprimento das obrigações impostas", lê-se ainda no comunicado da Procuradoria. Ricardo Salgado ficou, ainda, proibido de contactar com os restantes arguidos no processo que, já são seis, mas que não foram identificados.

 

Este caso não está relacionado com o do Monte Branco, no âmbito do qual Ricardo Salgado também já tinha sido interrogado e constituído arguido, tendo-lhe, na altura, há precisamente um ano, sido exigida uma caução de três milhões para sair em liberdade.

 

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