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Acionistas de Vale do Lobo foram surpreendidos por Caixa querer participação
Diogo Gaspar Ferreira, antigo presidente de Vale do Lobo, garante que a ideia de que a Caixa se tornasse acionista do resort partiu do próprio banco público e surpreendeu os investidores do empreendimento turístico.
O modelo de financiamento da Caixa Geral de Depósitos (CGD) ao projeto de Vale do Lobo, que implicou que o banco público fosse, para além de credor, detentor de uma participação acionista do resort, foi uma condição imposta pela própria instituição. Quem o diz é Diogo Gaspar Ferreira, antigo presidente executivo do empreendimento turístico, que garante que esta ideia não partiu dos então acionistas do projeto, que terão até sido surpreendidos pela proposta da Caixa.
Diogo Gaspar Ferreira está a ser ouvido, esta quinta-feira, 9 de maio, na segunda comissão parlamentar de inquérito à recapitalização da CGD e à gestão do banco. Questionado sobre quem teve a ideia de que o financiamento (no montante de 170 milhões, a que acrescem suprimentos de 50 milhões) implicasse também uma participação, o responsável é claro: "Nós não fomos".
"Nós contactámos os bancos para financiarem a operação. A Caixa manifestou disponibilidade, caso nós aceitássemos várias condições. Primeiro, que existissem garantias reais superiores 130% do montante do financiamento e, segundo, que aceitássemos que a Caixa fosse acionista de Vale do Lobo", recordou.
Segundo Diogo Gaspar Ferreira, essa segunda condição foi imediatamente aceite. "Era uma surpresa para nós", diz, acrescentando que não sabe de quem partiu a ideia, questionado sobre se terá sido de Armando Vara, antigo administrador da Caixa. Mas fez questão de repetir: "Não aceitámos a condição naturalmente, fomos pensar. A Caixa só financiava com estas condições. A cedência de uma quota da sociedade era relevante, mas aceitámos mais tarde", resumiu.
O objetivo do banco público, detalhou ainda, "seria terem maior controlo sobre o negócio".
Estas foram, para o responsável, condições consideradas "duras", mas ainda assim "razoáveis". Foram "razoavelmente duras", concluiu.
Caixa foi quem demonstrou mais interesse
A Caixa acabou por ser o único banco a entrar no projeto de Vale do Lobo, mas não foi o único com quem se mantiveram contactos, garantiu Diogo Gaspar Ferreira. Foi apenas aquele que demonstrou maior interesse.
"Vários bancos foram contactados para financiar a operação. A Caixa foi o que demonstrou maior interesse", disse o antigo gestor.
Quando voltou a ser questionado sobre este assunto, insistiu na ideia. "Havia outros bancos que estavam dispostos a falar connosco de forma séria, se não estivéssemos já a falar com a Caixa, mas foi a Caixa que demonstrou ser a entidade mais interessada em financiar a operação".
Diogo Gaspar Ferreira está a ser ouvido, esta quinta-feira, 9 de maio, na segunda comissão parlamentar de inquérito à recapitalização da CGD e à gestão do banco. Questionado sobre quem teve a ideia de que o financiamento (no montante de 170 milhões, a que acrescem suprimentos de 50 milhões) implicasse também uma participação, o responsável é claro: "Nós não fomos".
Segundo Diogo Gaspar Ferreira, essa segunda condição foi imediatamente aceite. "Era uma surpresa para nós", diz, acrescentando que não sabe de quem partiu a ideia, questionado sobre se terá sido de Armando Vara, antigo administrador da Caixa. Mas fez questão de repetir: "Não aceitámos a condição naturalmente, fomos pensar. A Caixa só financiava com estas condições. A cedência de uma quota da sociedade era relevante, mas aceitámos mais tarde", resumiu.
O objetivo do banco público, detalhou ainda, "seria terem maior controlo sobre o negócio".
Estas foram, para o responsável, condições consideradas "duras", mas ainda assim "razoáveis". Foram "razoavelmente duras", concluiu.
Caixa foi quem demonstrou mais interesse
A Caixa acabou por ser o único banco a entrar no projeto de Vale do Lobo, mas não foi o único com quem se mantiveram contactos, garantiu Diogo Gaspar Ferreira. Foi apenas aquele que demonstrou maior interesse.
"Vários bancos foram contactados para financiar a operação. A Caixa foi o que demonstrou maior interesse", disse o antigo gestor.
Quando voltou a ser questionado sobre este assunto, insistiu na ideia. "Havia outros bancos que estavam dispostos a falar connosco de forma séria, se não estivéssemos já a falar com a Caixa, mas foi a Caixa que demonstrou ser a entidade mais interessada em financiar a operação".