Pôr à mesma mesa Banco de Portugal, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Novo Banco, Ministério das Finanças e ainda os clientes do Banco Espírito Santo com papel comercial de sociedades do GES. É este o objectivo da designada Associação de Indignados e Enganados do Papel Comercial para que se alcance uma solução para os detentores destes produtos financeiros que não foram pagos pelas emitentes, contou ao Negócios o presidente da associação Ricardo Ângelo.

Esta quarta-feira, 11 de Março, a AIPEC enviou cartas-convite a estas quatro entidades para a criação de uma "comissão de trabalho multilateral" para que se chegue a uma solução para os clientes não institucionais que adquiriram o papel comercial.

Assim, criar-se-á uma "plataforma comum de análise, debate e levantamento" que reúna quem pode solucionar a indefinição que afecta 2.508 clientes com 550 milhões de euros nestas aplicações nas suas mãos.

Também esta quinta-feira, Ricardo Ângelo irá reunir-se com a CMVM. A associação pretende mostrar a Carlos Tavares "um conjunto de informação e documentação de suporte das reclamações dos clientes que sustentam a razão dos mesmos". Contudo, a associação também espera receber informação por parte do regulador do mercado de capitais.