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CMVM abre portas a integrar grupo para solução do papel comercial GES, diz associação
A associação que agrega clientes do BES com títulos de dívida de sociedades do GES, que não foram reembolsados, esteve esta quinta-feira reunida com quadros da CMVM. Não há solução mas abertura para discuti-la.
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No mesmo dia em que investidores no papel comercial do Grupo Espírito Santo se acorrentaram numa agência de Viseu do Novo Banco, a associação que junta estes clientes AIEPC reuniu-se com a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Como era de esperar, não saiu nenhuma solução do encontro entre dois representantes da associação de lesados do papel comercial, José Francisco e Inês Castro, e uma equipa de técnicos do regulador do mercado de capitais. Mas também não era esse o objectivo dos proponentes da reunião.
A única garantia dada foi, disseram ao Negócios os dois representantes da AIEPC, que a CMVM estaria a analisar a integração de uma comissão de trabalho mútua entre reguladores, Ministério das Finanças e Novo Banco para solucionar o problema do papel comercial, proposta ontem pela associação.
O tema do recurso ao Sistema de Indemnização aos Investidores, que está a ser analisado mas que o presidente da CMVM Carlos Tavares diz ser "altamente improvável", não foi discutido, garantiram os representantes da associação.
Contactada pelo Negócios, a CMVM recusou fazer comentários a esta reunião.
Há 2.508 clientes com 550 milhões de euros nestas aplicações de dívida de sociedades falidas do Grupo Espírito Santo vendidas no BES que o Novo Banco não tem obrigação de restituir - um pagamento que tem conduzido a vários desentendimentos entre o Banco de Portugal e a CMVM no que diz respeito à obrigatoridade de ressarcir estes clientes.