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CEO da Volkswagen nos EUA sai da empresa
Michael Horn, que conduzia, nos Estados Unidos, os destinos da fabricante automóvel alemã, está de saída da empresa, avançou a Bloomberg. O motivo: ir atrás de outras oportunidades.
O presidente e CEO da Volkswagen nos Estados Unidos, Michael Horn, vai deixar a empresa para ir atrás de outras oportunidades, segundo a Bloomberg.
Esta decisão surge depois de na terça-feira, 8 de Março, a Reuters ter divulgado que a Volkswagen foi intimada pelo Departamento norte-americano da Justiça, com base numa lei sobre fraude bancária. Esta intimação, que veio juntar-se ao alargamento das investigações a 17 funcionários na Alemanha, assustou os investidores, tendo as acções da fabricante alemã perdido bastante terreno nos últimos dias.
A Volkswagen enfrenta investigações em todo o mundo, depois de ter admitido, em Setembro do ano passado, ter instalado "software" manipulador das emissões de óxido de azoto (NOx) em 11 milhões de carros a gasóleo.
A 3 de Setembro do ano passado, a VW admitiu às autoridades norte-americanas a existência do esquema, mas apenas duas semanas depois (a 18 do mesmo mês) assumiu publicamente o caso.
A fabricante fez saber que o seu atraso em reconhecer o caso nos EUA se deveu a uma tentativa de chegar a acordo com as autoridades daquele país para limitar os custos do escândalo. Essa assunção tardia levou alguns accionistas a apresentarem acções judiciais, justificando que a Volkswagen tinha sido muito lenta a prestar informações sobre a manipulação que tinha levado a cabo.
A justiça norte-americana admite processar a Volkswagen até 46 mil milhões de dólares (cerca de 42 mil milhões de euros) por violação de leis ambientais. Ainda não está prevista nenhuma solução técnica para o meio milhão de carros afectados naquele país, depois do chumbo do regulador à primeira proposta.
Recorde-se que o presidente executivo do grupo alemão, Matthias Müller, reconheceu no dia 8 de Março que o escândalo de manipulação de emissões poluentes em carros a diesel vai significar um dano financeiro "substancial e doloroso".