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Primeiro-ministro aceita demissão do secretário de Estado Hernâni Dias

O anúncio foi feito numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo. O governante estava sob forte contestação depois de ter alegadamente criado duas empresas que poderiam beneficiar da Lei dos Solos.

28 de Janeiro de 2025 às 18:44
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Luís Montenegro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, anunciou o gabinete do primeiro-ministro numa nota publicada no portal do Governo.     

Na nota, é sublinhado "o desprendimento subjacente à decisão pessoal" do governante e reconhecido "o empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância".

O governante estava sob forte contestação depois de ter alegadamente criado duas empresas que poderiam beneficiar da Lei dos Solos, de acordo com uma notícia da RTP, tendo vários partidos da oposição exigido a sua demissão por ter a tutela das alterações ao diploma.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estará a ser investigado pela Procuradoria Europeia e é suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

De acordo com a RTP, a propriedade de um imóvel ocupado no Porto pelo filho de Hernâni Dias pertence ao filho de um dos sócios de uma construtora que ganhou o concurso para a ampliação da zona industrial de Bragança.

Num comunicado enviado à agência Lusa na semana passada, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está "de consciência absolutamente tranquila" e que agiu "com total transparência".

Agora, na carta de demissão, Hernâni Dias, reitera que está inocente e diz que vai pedir a suspensão do mandato de deputado para poder dar explicações no Parlamento, como tinha sido exigido por vários partidos.      

O Chega tinha pedido na segunda-feira a demissão imediata do secretário de Estado, na sequência da notícia divulgada pela RTP, juntando-se ao Bloco de Esquerda, que no domingo já tinha exigido a demissão do governante. O PCP, também na segunda-feira, exigira a intervenção imediata do primeiro-ministro.

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