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Procura por crédito para a casa está a subir. Banca alivia condições
Juros a descer, mas também a isenção de impostos para os mais jovens, têm vindo a puxar pela procura por crédito para a casa. Expetativa é de que a procura continue a crescer.
Apesar de os preços do imobiliário continuarem a subir, a procura por habitação própria está a aumentar. A banca sentiu um maior apetite dos particulares por financiamento para a compra de casa no final do ano passado, perspetivando que este se mantenha nos próximos meses, período em que as condições de acesso a estes empréstimos serão aliviadas.
No Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito, divulgado pelo Banco de Portugal, o setor revela que registou um "aumento da procura, sobretudo no segmento da habitação", nos últimos três meses do ano passado.
Nos últimos meses a nova concessão de financiamento para a compra de casa acelerou. "Na finalidade de habitação, o montante de novos contratos desceu 10 milhões de euros [em dezembro], para 1.667 milhões de euros", referiu o Banco de Portugal, à data, mas sublinhando que foi "o segundo [valor] mais elevado da série histórica, que se inicia em dezembro de 2014".
"O nível geral das taxas de juro e, em menor grau, a confiança dos consumidores e o regime regulamentar e fiscal do mercado da habitação contribuíram para o aumento da procura neste segmento", diz o Banco de Portugal.
O BCE, depois de ter subido os juros para travar inflação, tem vindo a reduzir as taxas, tornando mais acessível o crédito. Foi também foi criada uma isenção de IMT e Imposto do Selo para os jovens, ajudando a impulsionar o novo crédito.
A maior procura encontrou menores entraves por parte da banca que, admite, se tornou "ligeiramente menos restritivos nos empréstimos a particulares para aquisição de habitação". Em que sentido? Houve uma "ligeira diminuição do spread aplicado nos empréstimos de risco médio", refere.
Olhando para este primeiro trimestre de 2025, os "critérios de concessão [ficarão] inalterados", isto num período em que a tendência deverá ser de "aumento da procura de empréstimos no segmento da habitação", lê-se no Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito.