Um conflito com dois fornecedores, filiais da Prevent, levou a construtora automóvel alemã Volkswagen (VW) a interromper parte da sua produção e a reduzir o tempo de trabalho de cerca de 28.000 dos seus trabalhadores na Alemanha.

No sábado, a construtora automóvel já tinha interrompido a produção do modelo Golf na unidade de Wolfsburgo (norte do país) por causa do conflito com as empresas fornecedoras que se recusam a enviar alguns componentes e admitiu fazer o mesmo noutras fábricas alemãs.

Cerca de 27.700 trabalhadores das unidades da Emden, Zwickau, Kassel, Salzgitter, Brunswick e Wolfsburg ficam com o seu tempo de trabalho reduzido no final deste mês, anunciou o grupo alemão.

A VW foi forçada a tomar estas medidas nas fábricas que produzem os seus dois populares modelos Passat e Golf, depois de dois fornecedores de peças para a caixa de velocidades e cobertura de assento terem suspendido as entregas.

Embora o tribunal de Brunswick tenha decidido que as empresas em questão deveriam fornecer material à Volkswagen, "até agora ainda não cumpriram essa obrigação", disse a fabricante automóvel. Em vez disso, os fabricantes de componentes recorreram da decisão do tribunal.

Entretanto, a Volkswagen adiantou que iria retomar hoje as negociações com os fornecedores, não descartando a via legal.

Os fornecedores de componentes afirmam que Volkswagen rompeu vários contratos sem aviso prévio ou compensação, deixando as empresas sem outra alternativa que não fosse suspender as entregas para proteger o seu negócio e trabalhadores.

Segundo o Expansión, pedem uma indemnização de 500 milhões de euros, porque o consórcio alemão rompeu de forma unilateral os contratos, que exigiram às empresas obras de adaptação.

As acções da Volkswagen descem 0,29% para 119,55 euros, elevando para quase 5,5% a desvalorização acumulada nas últimas cinco sessões.